Capítulo 54.

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Subimos as escadas da casa em silêncio, o ambiente mergulhado na penumbra

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Subimos as escadas da casa em silêncio, o ambiente mergulhado na penumbra. Ela estava equilibrada, mas não largava por nada nesse mundo a garrafa de vinho e o colar. Seguimos pelo corredor até seu quarto, onde ela acendeu a luz e eu a apaguei de imediato.

— Eu preciso enxergar o quarto! — resmungou, a voz carregada de irritação.

Um sorriso de canto escapou, e fiquei em silêncio, observando-a enquanto ela se sentava na cama, finalmente depositando a garrafa e o colar na mesa de cabeceira. Angel inclinou-se para a frente, os dedos tentando desajeitadamente desabotoar o fecho da sandália, mas sem sucesso.

— Pode tirar pra mim? — pediu, a voz manhosa e embriagada, o efeito de todo o vinho que ela bebeu no caminho batendo.

Ignorei o pedido e caminhei até seu guarda-roupa, abrindo uma das portas enquanto vasculhava em busca de algo que serviria para o que eu tinha em mente.

— O que está fazendo? — perguntou, desconfiada.

Não respondi. Encontrei um lenço branco que parecia um cachecol e voltei na direção dela, dobrando o tecido até que ficasse como uma faixa. Quando me aproximei, ela ergueu o olhar, os olhos brilhando sob a luz fraca que vinha da janela, iluminando parcialmente seu rosto.

— O que está fazendo? — repetiu, a voz hesitante e curiosa. Sem responder, coloquei a faixa sobre seus olhos, vendando-a, e dei um nó firme atrás de sua cabeça.

— Ei! — protestou, as mãos subindo para segurar meus pulsos, a incerteza evidente no toque dela.

— Cuidando de você — murmurei, e liguei o abajur ao lado da cama, deixando o quarto mergulhar em uma luz suave e morna.

— Eu não gosto disso... — sussurrou, tentando puxar a venda.

Imediatamente, segurei seus pulsos, empurrando-os gentilmente para baixo, mas com firmeza.

— Não tira e fica quieta. Ou eu amarro seus braços também, o que acha? — rosnei, a paciência escapando por um fio.

Ela ficou em silêncio, os ombros rígidos, mas sem mais resistência. Fui até o banheiro e revirei os armários em busca do kit de primeiros socorros. Quando o encontrei, voltei para o quarto e me sentei ao lado dela na cama. Mantive os olhos fixos nela, atento para que a espertinha não tentasse remover a venda. Me inclinei, puxando sua perna com suavidade, colocando-a em meu colo.

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