Enemies/Haters To Lovers + Dark Romance
Damon Campbell é um vício perigoso e um pesadelo. Obcecado por Angel Miller, ele a persegue como uma sombra, oscilando entre provocação e desejo, enquanto ela o odeia com todas as forças - ou tenta. Mas nem tu...
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Eu estava... feliz. Por um dia inteiro, eu fui genuinamente feliz. Não precisei mentir para mim mesma, para ele, ou para qualquer outra pessoa. Era como se estivéssemos em um mundo à parte, uma bolha na qual eu não queria sair, nem deixá-la estourar.
Depois do almoço, Damon ficou grudado em mim o tempo todo, como se realmente fosse um chiclete, mas, para ser sincera, eu não queria que ele me soltasse. Passamos a tarde com os amigos dele, jogando baralho e conversando sobre coisas aleatórias. Eles eram todos realmente legais, apesar de Jacob e Matthew estarem sempre falando besteira, e da Kiara e do Michael se alfinetando a cada minuto. Mesmo assim, era engraçado. Eles pareciam tão felizes e despreocupados, e, por um momento, me senti parte daquilo também.
Mas o motivo principal era ele. Damon foi carinhoso e atencioso o dia todo, e isso fazia meu coração disparar sem parar. Toda vez que ele cheirava meu cabelo ou meu pescoço discretamente, ou quando seus dedos desenhavam padrões suaves em minha coxa, meu peito se apertava. Ele me puxava para mais perto, como se eu já não estivesse colada o suficiente, e apertava minha cintura de forma possessiva, mas com um toque de carinho que me derretia.
Segurava o riso toda vez que ele abanava a frente do meu rosto para espantar uma abelhinha ou mosquito, ou quando ele cobria a quina da mesa com a mão para eu não esbarrar. Ele até me avisava sobre qualquer degrau no caminho, sempre atento. Meu Deus, ele era... perfeito. Eu nunca tive tanta atenção e isso me deixou um pouco... não sei dizer. Aquilo tudo era novo e viciante, e eu não queria que acabasse.
Quando a noite chegou e tivemos que voltar, não foi diferente. Chegamos ao colégio, e Kiara, Jacob e Matthew foram embora com o Michael. Pietro e eu voltamos com Damon. Quando chegamos na porta da minha casa, senti meu coração afundar. Eu não queria que aquela noite acabasse. Damon e Pietro saíram do carro rapidamente, e eu ergui as sobrancelhas, surpresa, rindo quando vi Damon correr até a minha porta para abri-la, enquanto Pietro pegava minha mala no bagageiro. A situação toda era tão ridícula que era engraçada.
— Não, não, não, eu vou te carregar até a porta, princesa. — Damon disparou assim que me movi para sair do carro, e, antes que eu pudesse protestar, ele se inclinou e me pegou nos braços com tanta facilidade que quase me fez rir de novo.
— Eu levo a sua mala, senhorita Miller. É senhorita ou madame que se diz? — Pietro falou, fingindo ser um mordomo, exagerando na formalidade.
— Sei lá, porra, só faz o seu trabalho. — Damon zombou, sem perder o tom brincalhão.
Soltei uma gargalhada e os dois me levaram até a porta da minha casa. Damon me colocou no chão com cuidado, e Pietro deixou a mala ao meu lado, mas não sem antes segurar minha mão e beijá-la como se fosse um cavalheiro antiquado. Revirei os olhos, rindo, incrédula, enquanto ele voltava para o carro.
— Vejo você amanhã princesa? — Damon murmurou, sério agora, suas mãos segurando meu rosto com ternura.
Assenti, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele me beijou. Foi lento, carinhoso, e não durou muito, mas o suficiente para deixar meu coração em chamas. Quando ele se afastou, mordeu o lábio com um sorriso brincando em seu rosto, e então senti seu polegar deslizar suavemente pela minha bochecha, desenhando um coração, sutil e discreto. Meu Deus. Eu senti aquilo, claro que senti, mas fingi que não. Como se isso fosse possível, com meu coração saltando no peito.
