Enemies/Haters To Lovers + Dark Romance
• Esta história é completamente autoral e não aceito cópias, plágio é crime!
Damon Campbell é um vício disfarçado de pesadelo. Obcecado por Angel Miller, ele vive para provocá-la, transformando cada interação...
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Estávamos no horário da educação física, e como de costume, eu preferia me manter afastada. Nunca fui muito fã de esportes, então sempre busco um canto tranquilo onde possa ler em paz. Hoje, como em todos os outros dias, Kiara, que é líder de torcida, estava ocupada com suas atividades, eu acabava ficando sozinha.
O apito final do professor ecoou no campo, marcando o fim da aula. Com um suspiro de alívio, fechei meu livro e comecei a atravessar o campo de futebol em direção à quadra de basquete.
Os sons abafados das conversas e risadas dos outros alunos se tornaram mais distantes conforme me aproximava da saída. Já dentro da quadra, atravessei-a rapidamente, com passos firmes, mirando a porta que dava para os corredores internos da escola.
Mas, ao chegar mais perto, meus ombros saltaram de susto. Um bando de garotos saiu do vestiário como se fossem animais sendo libertados de uma jaula, suas vozes altas e piadas ecoando. Parei abruptamente, deixando-os passarem. Não queria nenhum contato.
Vi o grupinho de Damon sair em seguida, mas, para minha surpresa, ele não estava entre eles. Quando a porta do vestiário balançou pela última vez, o barulho oco ressoando, notei o som suave do chuveiro ainda ligado. Um pensamento passou rápido pela minha mente, seguido imediatamente de uma tentativa de rejeitá-lo.
E se...? Não.
Balancei a cabeça, tentando afastar a ideia absurda. Faz uma semana desde que Damon me empurrou contra os armários. Desde então, ele tem me ignorado, o que só me faz pensar que está tramando algo maior. Talvez eu devesse aproveitar essa paz temporária e seguir meu caminho.
Voltei a andar, mas algo dentro de mim hesitou. Antes que pudesse me impedir, dei meia-volta. Ah, dane-se. Com passos silenciosos, aproximei-me novamente do vestiário. Minhas mãos tremiam um pouco enquanto abria a porta lentamente, apenas o suficiente para espiar lá dentro.
O banheiro estava vazio, à exceção do som constante da água caindo no chuveiro. Mordi o lábio inferior, sentindo um frio percorrer minha espinha e, sem pensar duas vezes, entrei.
Ando pelos corredores dos armários, cada passo calculado, tentando manter meus movimentos silenciosos no ambiente vazio. O som constante do chuveiro cria uma estranha sensação de tensão no ar, como se cada gota d'água caindo marcasse o tempo que eu tinha ali. Avanço até ver, no final do banco de madeira, uma pilha de roupas e um armário entreaberto. Deve ser o dele. Meu coração dispara, e sem hesitar, pego as roupas cuidadosamente, tentando não deixar nada cair.
Abro o armário com um movimento suave, minhas mãos ainda tremendo levemente. A mochila dele está ali, então, sem pensar duas vezes, enfio as roupas dentro dela, quase como se estivesse tentando apagar qualquer rastro de que elas existiram. Jogo a mochila nas costas, o peso mais psicológico do que físico, e me viro para sair do vestiário, meus sentidos em alerta, quase sufocada pela adrenalina.
