Capítulo 13.

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— Para! — Angel avançou no painel, desligando os faróis com um movimento brusco

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— Para! — Angel avançou no painel, desligando os faróis com um movimento brusco.

Franzi o cenho, mas obedeci, parando o carro. O silêncio da noite nos envolvia, a rua estava deserta e vazia. Fiquei observando-a, intrigado.

— Não faça barulho, ok? Eu volto rapidinho. — Seus olhos encontraram os meus por um breve instante, antes que ela saltasse do carro.

Pisquei, sem entender nada. Paramos algumas casas antes da de Chase, então... O que essa garota está tramando? Desliguei o motor, saí do carro e a segui, sem me preocupar em ser discreto. Seus cabelos ondulavam no vento, e ela se movia com passos leves, quase como uma sombra se esgueirando pela escuridão. Era até um pouco engraçado. Apenas a observei, andando normalmente atrás dela, sem um pingo de cuidado.

O que diabos ela pensa que está fazendo?

Quando nos aproximamos da casa de Chase, senti sua mão agarrar meu moletom com força, puxando-me para baixo. Ela me fez agachar junto a ela atrás de uma fonte no jardim, o som da água jorrando parecia ter amplificado a quietude da noite.

— Você não é a namorada dele? Por que não bate na porra da campainha? — Sussurrei, tentando entender a necessidade da furtividade.

Ela se virou, os olhos faiscando de raiva, os dentes rangendo.

— Diz isso mais uma vez e eu arranco a sua língua fora. Já falei que ele nunca foi meu namorado! — Sua voz saiu baixa, mas mortal.

Inclinei a cabeça, admirando. Que agressiva.

— Depende de como você vai arrancar minha língua... — Murmurei, mal contendo um sorriso.

Ela balançou a cabeça, exasperada, revirando os olhos antes de focar novamente na casa.

— Você é esquisito. — Resmungou, sem me encarar, sua atenção totalmente voltada para a janela que exibia uma luz acesa.

Eu segurei o riso, mordendo o lábio, e olhei na mesma direção que ela. Lá dentro, a luz brilhou por alguns segundos antes de se apagar, mergulhando a casa em escuridão novamente. Angel se levantou em um movimento rápido, e saiu correndo para os fundos da casa.

Sem pensar duas vezes, a segui. Ela se esgueirou pela parede e, quando chegamos aos fundos da casa, o som de uma voz distante chegou até nós, talvez vindo do lado oposto da casa.

— Angel. — Sussurrei, tentando chamar sua atenção antes que as coisas saíssem do controle.

Ela parou por um instante, se agachando rapidamente. Meu coração quase parou quando a vi ficar de quatro e começar a rastejar em direção à portinha do cachorro. Meus olhos se arregalaram. Antes que eu pudesse protestar, ela desapareceu por aquela abertura minúscula. Minha cabeça girava, pensando que ela havia me deixado ali, quando de repente ouvi a porta se destrancar. Angel abriu com um sorriso ofegante, o rosto iluminado por uma mistura de adrenalina e triunfo.

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