Capítulo 55.

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— Ele vem mesmo? — Olie perguntou, deslizando os dedos pelos fios loiros, enquanto se analisava pela câmera frontal do celular, ajeitando os mínimos detalhes

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— Ele vem mesmo? — Olie perguntou, deslizando os dedos pelos fios loiros, enquanto se analisava pela câmera frontal do celular, ajeitando os mínimos detalhes.

— Vem, sim! — respondi com um sorriso, tentando passar segurança.

O garçom se aproximou, equilibrando uma bandeja.

— Com licença, frappuccino de chocolate...?

— É meu! — Kiara praticamente saltou da cadeira, ansiosa, enquanto pegava a bebida.

Olie suspirou fundo, observando cada movimento ao seu redor.

— Vocês acham que consigo agir normalmente? Ele é tímido, né? Meu Deus, eu nunca fiquei nervoso assim.

As sobrancelhas de Olie se arquearam em frustração, formando pequenas ondas enquanto ele passava a mão pela testa. Era engraçado ver aquele ar de autoconfiança dele desmoronar. Kiara deu uma risadinha e se inclinou.

— Não, acho que devia agir como um alienígena. Tá super na moda ser esquisito agora. — Ela respondeu, puxando o canudinho e dando um gole longo no frappuccino.

Olie revirou os olhos, fingindo uma careta exagerada.

— Nossa, você é hilária mesmo, Kie. Sério, dá pra passar horas rindo. — Ele ironizou.

Ela arqueou uma sobrancelha e deu de ombros.

— Você que tá fazendo um drama enorme.

— Foi mal, fodona. Eu tenho sentimentos, sabia?

Ri com a troca deles, balançando a cabeça.

— Desde quando vocês reclamam e eu sou a compreensiva da mesa? Tem algo errado aqui.

Os olhos de Olie se arregalaram, e ele sussurrou, quase sem fôlego:

— Ai meu Deus, ele chegou.

Eu e Kiara nos viramos ao mesmo tempo, olhando discretamente por cima dos ombros. Eric acabava de entrar pela porta, e uma brisa suave invadiu o café, balançando seus cachos de forma quase cinematográfica. Era impossível não notar o pequeno sorriso que ele lançou, os olhos vasculhando o local até pousarem em nós.

Mordi o lábio, tentando conter o sorriso enquanto lançava uma olhada para Kiara, dei um leve chute no tornozelo dela, murmurando entre os dentes:

— Não mata o coitado de vergonha, Kiara.

Ela abriu um sorriso malicioso.

— Eu? Jamais faria isso. — Kiara sorriu com falsa inocência, virando-se para Eric, que se aproximava da mesa. — Ah! Oi, Eric! — A voz dela subiu de tom, e ela acenou de forma exagerada, chamando ainda mais atenção.

Fechei os olhos por um instante, sentindo o embaraço como se fosse meu. Kiara adorava criar momentos de constrangimento, a vadia era sádica. Olie estava congelado ao lado dela, ajeitando os ombros como se tentasse encontrar um lugar seguro no próprio corpo.

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