Capítulo 15: Um Jogo de Poder

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Cheryl estava em um turbilhão de emoções. Por um lado, a sensação de alívio por ter confessado seus sentimentos para Toni, e por outro, o medo do que Lucy poderia fazer em resposta. Ao sair da sala, as palavras de Toni ainda ecoavam em sua mente, mas não a deixavam menos ansiosa. A conversa com Lucy não havia terminado.

Quando Cheryl chegou à sua aula de história, encontrou Lucy já sentada na frente, como se estivesse esperando. O sorriso de Lucy era um convite e uma provocação ao mesmo tempo, e Cheryl sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

— Oi, Cheryl! — Lucy disse, com um tom doce e despreocupado. — Você parece animada hoje.

Cheryl revirou os olhos, mas se forçou a manter a calma. Era um jogo, e ela estava determinada a não perder.

— Eu poderia dizer o mesmo sobre você — Cheryl respondeu, seu tom era afiado como uma faca. — Que tal parar de se comportar como se estivesse em um romance de verão?

Lucy riu, um som claro e desdenhoso que fez o sangue de Cheryl ferver.

— Romance de verão? Isso é muito dramático, não acha? — Lucy disse, fazendo uma expressão de desdém. — Estou apenas me aproximando da minha nova professora. Não é crime fazer amigos.

— Ah, mas a sua amizade tem um toque de... interesse a mais. — Cheryl retrucou, agora com um sorriso arrogante. — E eu não estou comprando isso.

Lucy deu um passo à frente, sua postura relaxada, mas seus olhos brilhando com um desafio.

— Você tem medo, Cheryl? Medo de perder Toni para alguém mais interessante? — A provocação estava clara, e Cheryl não iria deixar barato.

— Medo? Não. Eu só não gosto de ver a minha professora sendo seduzida por uma aluna que acha que pode ter tudo — Cheryl disse, sem hesitar.

A aula começou, e enquanto o professor falava, Cheryl mal conseguia prestar atenção. Sua mente estava focada em Lucy e em como poderia deixá-la no seu lugar. Quando a aula finalmente terminou, Cheryl decidiu agir.

No corredor, enquanto as alunas se dispersavam, Cheryl se aproximou de Toni, que estava organizando algumas pastas.

— Podemos conversar? — Cheryl disse, com uma determinação que não deixava espaço para negação.

Toni olhou para ela, a expressão dela mudando para algo mais sério.

— Claro. O que está acontecendo? — Toni perguntou, olhando nos olhos de Cheryl.

Cheryl fez uma pausa, tentando reunir suas ideias. Ela queria ser clara, mas também não queria parecer vulnerável.

— Lucy... ela está se aproveitando da situação. Você não percebe isso? — Cheryl disparou, a frustração transparecendo em sua voz.

Toni franziu a testa.

— Eu sei que Lucy é... confiante, mas não acho que ela esteja tentando fazer algo que comprometa meu trabalho. Eu sou a professora, Cheryl.

Cheryl não aguentava mais. A defensiva de Toni estava apenas acendendo sua raiva.

— Sim, mas você não entende. Ela quer te conquistar, e se você continuar a ser tão amigável, isso só vai piorar! — Cheryl exclamou, sua voz subindo.

A expressão de Toni mudou, uma mistura de compreensão e preocupação.

— Cheryl, eu não quero que você se preocupe com isso. Estamos apenas nos conhecendo, e isso não muda o que sinto por você. — Toni falou, sua voz era suave, mas firme.

— Então prove! — Cheryl desafiou, sua voz baixa, mas intensa. — Prove que você não se interessa por ela.

Toni pareceu surpreso, mas Cheryl não estava disposta a recuar. Se Toni estava disposta a lutar por ela, deveria estar disposta a mostrar isso também.

— Como você quer que eu prove isso? — Toni perguntou, um sorriso brincando em seus lábios. Cheryl percebeu que a pergunta não era sarcástica, mas genuína.

— Me faça sentir que sou a única que importa. — Cheryl disse, seus olhos fixos em Toni, cada palavra carregada de significado.

Toni se aproximou, sua expressão tornada séria.

— Eu quero que você saiba que é você que eu quero. — Toni sussurrou, sua voz quase um sussurro. — Mas eu não posso simplesmente ignorar Lucy. Ela faz parte da minha vida agora.

Cheryl se sentiu frustrada, mas também um pouco mais aliviada. Se Toni estava disposta a lutar contra Lucy, então ela também precisaria intensificar seu jogo.

— Então vamos fazer isso. Vamos mostrar a Lucy quem realmente é a professora favorita. — Cheryl respondeu, um sorriso desafiador se formando em seus lábios.

Toni riu, e Cheryl ficou aliviada ao ver que havia conseguido tirar um sorriso dela.

— Você está realmente disposta a isso? — Toni perguntou, os olhos dela brilhando com uma mistura de preocupação e divertimento.

— Absolutamente. Vamos colocar Lucy em seu lugar. — Cheryl disse, o desafio evidente em sua voz.

E assim, um novo jogo de poder começou, com Cheryl determinada a garantir que Toni soubesse que ela era a única que realmente importava.

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