Capítulo 16: Entre as Sombras da Escola

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Os dias seguintes foram marcados por uma intensa batalha de emoções. Cheryl estava em um estado constante de frustração, e a presença de Lucy apenas intensificava o que já era um campo de minas emocionais. A rivalidade estava se transformando em uma tensão palpável que fazia o coração de Cheryl acelerar sempre que Toni entrava na sala.

Após mais um dia de aulas, Cheryl e suas amigas se encontraram no refeitório. Betty e Josie estavam sentadas à mesa, rindo, enquanto Verônica analisava o cenário com um olhar crítico.

—Olha a Lucy flertando com a professora de novo.— Verônica disse, apontando discretamente para o canto da sala onde Lucy estava cercada por outras alunas, sua risada ecoando como um desafio.

—Ela  realmente não tem limites, né?—Betty comentou, revirando os olhos.— Você deveria fazer alguma coisa, Cheryl.

—Eu sei, eu sei. —Cheryl respondeu, mordendo o Lábio inferior, tentando controlar a raiva que crescia dentro dela. A ideia de ver Toni sorrindo para outra a deixava em um estado de fúria contida.

—Você está prestes a explodir, amiga.— Josie disse, com um olhar preocupado. — Que tal você dar uma volta para esfriar a cabeça?

Cheryl olhou ao redor, seu olhar se fixando na porta dos fundos da escola, que levava para um corredor menos movimentado. Uma ideia ousada surgiu em sua mente, e um sorriso malicioso se formou em seus lábios.

—Na verdade, acho que vou fazer isso. —Cheryl disse, levantando-se abruptamente.

Sem dar mais explicações, ela se dirigiu para a porta. Com cada passo, a adrenalina pulsava em seu corpo, a excitação misturada com uma determinação ardente.
Ao entrar no corredor, Cheryl se sentiu um pouco mais tranquila. O silêncio do espaço vazio permitia que ela organizasse seus pensamentos. Mas logo, seus pensamentos foram interrompidos por uma voz familiar.

—O que você está fazendo aqui? —Toni perguntou, aparecendo de repente, com um olhar que misturava surpresa e curiosidade.

Cheryl não perdeu tempo.

—Precisamos conversar. — Ela disse, puxando Toni para um canto mais escuro do corredor, onde as sombras se tornaram um abrigo seguro para suas emoções.

—Cheryl, o que está acontecendo? Você parece agitada.— Toni notou, com uma expressão de preocupação.

—Você sabe muito bem o que está acontecendo. É sobre Lucy.— Cheryl respondeu, a frustração ressoando em sua voz.

Toni franziu a testa, mas antes que pudesse responder, Cheryl se aproximou mais, sua respiração acelerada.

—Eu não gosto de ver você tão próxima dela.— Cheryl sussurrou, sua voz carregada de emoção.

Toni abriu a boca para protestar, mas Cheryl a interrompeu.

—Deixe-me terminar.— Ela disse, colocando uma mão no peito de Toni, fazendo-a recuar levemente, o toque provocando um choque elétrico entre elas. —Eu não posso suportar a ideia de perder você para ela.

Havia algo em seus olhos que Toni não conseguia ignorar. A tensão entre elas estava se transformando em algo mais intenso, algo que fazia a gravidade da situação parecer quase palpável.

—Cheryl, você não pode... —Toni começou, mas Cheryl estava longe de recuar.

—Não! — Ela insistiu, sua voz quase implorando. —Deixe-me mostrar que sou eu quem você deve querer.

Com isso, Cheryl se aproximou ainda mais, seus corpos quase se tocando. O coração de Toni disparou, e a adrenalina tomou conta.
Cheryl então inclinou-se para frente, seus Lábios a milímetros dos de Toni, criando um espaço onde o desejo e o medo dançavam juntos.

—Diga que sou eu quem você quer. — desafiou, sua voz baixa e intensa. Cheryl

Toni estava perdida, presa entre o desejo e a Lógica. Ela não queria entrar em um território proibido, mas a proximidade de Cheryl estava quebrando suas defesas.

—Eu... — Toni começou, mas Cheryl não deu espaço para hesitações.

Sem pensar duas vezes, Cheryl capturou os Lábios de Toni com os seus, um beijo que era ao mesmo tempo um sussurro e uma explosão. A paixão explodiu, e os sentimentos reprimidos finalmente ganharam vida.

A intensidade do beijo fez Toni perder a noção do tempo. Ela correspondeu, esquecendo-se de tudo ao seu redor. 0 corredor vazio se tornou o cenário perfeito para essa nova realidade, onde o desejo sobrepunha as regras.

Quando finalmente se afastaram, ambas ofegantes, a realidade começou a se infiltrar de volta. Toni olhou nos olhos de Cheryl, a confusão e a paixão refletidas neles.

—Isso... não pode acontecer.— Toni disse, sua voz baixa, mas seu olhar traía o que ela realmente sentia.

—Por que não? — Cheryl provocou, sua expressão desafiadora.— Não vamos deixar Lucy estragar isso, certo?

Toni hesitou, e a ansiedade começou a crescer dentro de Cheryl. Ela não queria perder Toni para ninguém, muito menos para uma rival.

—Você está certa. Mas precisamos ter cuidado. — Toni finalmente disse, sua voz mais firme, mas ainda cheia de desejo.

Cheryl sorriu, um misto de triunfo e emoção. A batalha estava apenas começando, e ela estava determinada a lutar por aquilo que sentia.

— Então, vamos manter Lucy longe. — disse, sua confiança crescente. Cheryl

E com isso, o jogo havia mudado. A rivalidade se tornava mais intensa, mas agora havia algo mais: uma conexão ardente que desafiaria todas as regras que tentaram impor.

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