Nanami Kento tem uma vida monótona dedicada somente para o trabalho.
Seu nível é especial, sua força é gigantesca e seu dever é salvar vidas. Sem tempo para diversão ou relacionamentos vive completamente sozinho. Mas tudo muda quando descobre sua v...
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Hina
Talvez seja impressão minha, mas Nanami parecia um pouco distante e misterioso ontem.
Mas acredito que seja coisa da minha cabeça, as vezes sou um tanto paranóica, além do mais ele não parecia distante quando me jogou na cama ontem a noite.
Só de pensar não consigo evitar minhas bochechas vermelhas, espero que ninguém perceba que estou tendo pensamentos impuros.
– Usou a fantasia ontem? – me assusto com a presença da Nitta. – Quando fica vermelha assim é porque está pensando safadezas.
– O quê? Eu sou tão fácil de ler assim? Claro que não! – digo rapidamente.
– Você não usou?
– Não, mas eu pretendo fazer isso hoje! – digo determinada. – Ele já viu, foi um acidente na verdade.
– Pelo menos você descobriu a opinião dele. – essa garota. – Ele gostou né?
– Sim, mais do que eu imaginava!
De repente sinto uma forte dor de cabeça, e logo após uma queda de pressão.
– Hina? O que aconteceu? – questiona Nitta segurado em meus ombros. – Se apoia em mim!
– Eu estou bem! – tento me manter firme. – Eu só preciso de água, estou desidratada.
Caminho até o refeitório da faculdade e compro uma água gelada, sentindo o mal estar passando. Nitta caminha atrás de mim preocupada.
– Estou melhor! Era só falta de água! – digo me sentindo bem novamente.
– Se sem a fantasia você já ficou desidratada desse jeito, acho melhor nem usá-la! – sua risada chama a atenção de todos ao redor.
É engraçado, o fato de Akari Nitta ser totalmente extrovertida com os amigos e no seu trabalho secreto uma pessoa totalmente séria e introvertida.
Isso que eu chamo de profissionalismo!
As aulas terminaram e posso finalmente ir para o colégio Jujutsu, não consigo conter minha animação. Mas sempre fico assim quando estou preste a ver o Nanami.
– Hinaaa? – escuto Toge gritar.
– Sim? Acabou sua aula? – pergunto.
– Sim, eu vou sair com uns manos! – estranho seria se não fosse. – Pode levar meu carro hoje?
– Você me emprestando a chave do seu carro? Está com febre ou algo do tipo? – Toge é super chato com o carro, já me emprestou algumas vezes mas sempre reclamando.
– É que pretendo beber, mas depois volto de carona ou de táxi!
– Tudo bem! – digo pegando as chaves que Toge demora um pouco para soltar. – Não venha de carona, pegue um táxi, é mais seguro!
– Por favor toma cuidado com meu carro! – diz parecendo uma criança com um carrinho de brinquedo.
– Claro! – digo seguindo até a garagem.
Sinto meu celular apitar na minha bolsa.
"Me conta tudo, o senhor gentileza se ajoelhou pelo menos?"
Que?
Será que Satoru enviou essa mensagem errado?
Provavelmente mandou para a pessoa errada, porém ele costuma ser irônico e chamar o Nanami de senhor gentileza as vezes.
"Do que está falando?"
Respondo meu irmão antes de entrar no carro e dar partida.
No caminho para a escola tento me manter atenta, minhas pálpebra parecem não querer me obedecer.
Se eu bater esse carro com certeza Toge me mata. Mas estou a poucos minutos do colégio.
Estaciono o carro e encosto minha cabeça no vidro, estou exausta e morrendo de sono.
O dia parece tão calmo, o clima está fresco e vejo alguns passarinhos voando no céu.
[...]
– Hina? Eii, meu amor? – escuto umas batidas.
Abro meus olhos lentamente me acostumando com a claridade. Estou no carro ainda?
Não acredito que dormi dentro do carro, a quanto tempo estou aqui? Olho rapidamente para o relógio vendo que se passou meia hora.
– Nanami! – abro a porta e saio do carro rapidamente para abraçá-lo.
Isso foi um péssima ideia, não deveria ter me levantado tão rápido. Graças ao Nanami não cai no chão.
– Te peguei! – me agarra pela cintura e coloca sua mão em meu rosto para medir minha temperatura. – Você está quente!
– É cansaço!
– De qualquer forma, não é melhor fazer um exame?
– Não, eu estou bem...
– Não perguntei. Você vai fazer o exame! – diz me interrompendo.
Deito minha cabeça em seu peito, ainda me sentindo sonolenta. Não sei o que há de errado, ultimamente só me sinto cansada.
– Encontrou meu irmão hoje? Ele mandou uma mensagem estranha. – comento mudando o foco do assunto.
– Estranha como?
Mostro a mensagem do meu celular para Nanami. Sua reação me surpreende um pouco.
