Minha Razão - Nanami Kento

Capítulo 60:

– Toma! – me entrega uma garrafinha pequena com água.

– Obrigada amor! – digo após bebericar um pouco. – Ainda está preocupado?

– Claro! Eu coloquei você em várias posições e se isso fizer mal ao bebê?

– Não tem problema em fazer sexo durante a gestação! – lembro de ter lido sobre esse assunto em uma revista. – Pelo contrário, vai me deixar menos estressada!

– Mesmo assim devemos ir ao médico. O doutor disse que você precisa fazer uma ultrassom!

– Quando? – pergunto animada.

Mesmo que seja do tamanho de um carocinho de feijão, quero ver meu bebê e saber como ele está.

– Amanhã!

– E se o doutor falar que é perigoso você fuder minha florzinha? – pergunto odiando a ideia.

– Florzinha? É um apelido fofo! – ele ri um pouco. – Mas isso não é problema, você ainda tem outro buraco.

– Que horror! – digo indignada. – Nem pense nesse lugar!

Minhas bochechas devem estar pegando fogo. Eu não sou totalmente contra a ideia, mas não, lá não!

– Tá bom! – diz levantando os ombros. – O que está pensando agora?

– É que, eu gostaria de me casar antes do nosso filho nascer! – digo me imaginando usando um belo vestido branco quando minha barriga estiver aparente.

– Eu casaria amanhã mesmo! O que acha? – me questiona.

– Não mesmo! – digo rapidamente. – Será que cinco meses seria o suficiente para organizar tudo?

– 5 meses? Por que isso tudo? É quase um ano! – diz fazendo um biquinho chateado.

– Que exagero! – digo acariciando suas bochechas. – Daqui 3 meses? O que acha?

– Menos mal! – sinto seu toque carinhoso em minha barriga. – Eu estava pensando... Aqui só tem dois quartos e não tem tanto espaço para brincar.

– O que está sugerindo? – pergunto curiosa.

– Vamos comprar uma casa nova! – diz tranquilamente.

– Você faz parecer fácil! – comento imaginando em como realizar tudo isso em menos de três meses.

– Esqueceu que tenho dinheiro? E tudo que é meu, é seu!

– Você disse que queria morar na praia! – lembro de quando Nanami me contou sobre seus planos.

– Eu ainda quero! – me encara com emoção. – A gente podia viver longe disso tudo, mas eu ainda preciso ajudar Itadori.

– Se ele engolir todos os dedos do Sukuna, não há nenhuma possibilidade de passar para outro receptáculo? – questiono.

– Qualquer pessoa que tentar engolir aquele dedo pode explodir, e a maldição se espalhar por aí novamente!

– Quer dizer que não podemos fazer nada? – pergunto irritada.

– O Itadori tem capacidade suficiente para lutar com Sukuna, e já temos um plano em mente. – diz pensativo. – Mas será difícil de executar.

– E ele corre algum risco de vida? – questiono preocupada.

– Não, fica tranquila! – diz sorridente.

Não sei ao certo quanto tempo levamos para conversar sobre casa, casamento, filhos e nosso futuro.

Mas o bastante para eu cochilar e deixá-lo falando sozinho.

– Eu cochilei um pouco! – digo abrindo meus olhos lentamente.

– Foi só por duas horas!

– Tudo isso? – pergunto alarmada. – Seu braço deve estar doendo! – digo por ter feito seu braço de travesseiro enquanto dormia.

– Isso não é nada! – diz simplesmente. – Gosto de observar você dormindo.

– Que vergonha! Eu durmo de boca aberta! – digo toda vermelha.

– É a coisa mais linda que já vi! –

[...]

– Você está grávida? E Nanami pediu você em casamento e vão comprar uma nova casa na praia? – pergunta incrédula. – Estamos a quando tempo sem se falar?

– Conversamos semana passada! – digo a Nitta. – É que aconteceu tudo muito rápido.

– Contou para mais alguém? – questiona alegre.

– Eu descobri ontem, só estou contando a você! – digo. – Meus pais não sabem sobre Nanami, na verdade eles sabem que estou com alguém mas não apresentei ele ainda.

– Agora você vai ter que jogar essa bomba de uma vez no colo deles! – a vejo pensativa. – Eu quero acompanhar isso de perto.

– Minha vida não é um filme!

– É mais entusiasmante que alguns! – de repente ela me abraça.

Me sinto acolhida por todos que amo e sei que essa notícia vai trazer alegria, mas não sei ao certo o que meus pais irão pensar.

– Do que está rindo? – pergunto ao ver suas gargalhadas.

– Como será que Nanami ficou ao descobrir isso sozinho no consultório? – realmente, eu não parei para pensar nisso.

– Ele não se abala fácil e nem é de fazer escândalo, acho que agiu normalmente!

Seus momentos de vulnerabilidade não são tão raros assim. E sei que ninguém além de mim tem acesso a esse jeito meigo, fofo e sensível que Nanami tem.

....

Notas:

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