Cicatrizes a Flor da Pele

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O som monótono das máquinas no hospital era um lembrete constante da fragilidade de sua existência. Para Juliana, cada batida do monitor cardíaco parecia uma acusação, um som repetitivo que insistia em lhe lembrar: você ainda está aqui.

Os dias eram longos e arrastados, cheios de olhares preocupados, palavras de incentivo que pareciam vazias e um silêncio ensurdecedor que Juliana queria, desesperadamente, trocar pelo barulho das ondas. A tentativa de desaparecer no mar não fora um impulso, mas uma decisão. Ela sabia o que queria, sabia o que buscava, e o fracasso em alcançá-lo era como uma ferida aberta que ninguém parecia entender.

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