Uma Noite Para Celebrar

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Era uma noite de céu limpo, com a lua cheia banhando a cidade em tons prateados. Juliana arrumava a gravata no espelho enquanto esperava Camila terminar de se maquiar no quarto. O terno vermelho com detalhes em preto que escolheu abraçava seu corpo perfeitamente, realçando sua postura elegante. Ao longe, Camila apareceu na porta, e Juliana sentiu o coração acelerar.

Camila usava um vestido preto de costas nuas que parecia ter sido feito sob medida para ela. A simplicidade do tecido contrastava com a sensualidade do corte, que revelava a curva perfeita de suas costas e a linha de seus ombros. O cabelo, curto e em um tom de vermelho, estava penteado de maneira casual, mas impecável.

— Você está... incrível!. — A voz de Juliana saiu como um sussurro admirado.

— Você fala isso porque não viu como está devastadora nesse terno. — Camila sorriu, caminhando em direção a Juliana e ajustando a gravata dela. — Acho que vamos causar problemas hoje à noite.

— Se forem problemas bons, eu aceito. — Juliana puxou Camila pela cintura, seus olhos se encontrando em um momento de cumplicidade.

Elas caminharam juntas até um pequeno restaurante de bairro, famoso por sua cozinha italiana. As paredes eram de tijolos aparentes, decoradas com quadros e fotos antigas, criando uma atmosfera aconchegante e romântica. Uma música suave tocava ao fundo, completando o cenário.

Juliana puxou a cadeira para Camila antes de se sentar. O garçom logo trouxe um cardápio e uma taça de vinho para cada uma. Camila, animada, folheou as opções, mas parecia mais interessada em observar Juliana do que em decidir o que comer.

— Você sabe que fica impossível focar no cardápio quando você está assim, não sabe? — Camila comentou, com um sorriso brincalhão.

— Assim como? — Juliana perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Deslumbrante. — Camila respondeu com um tom que misturava admiração e desejo.

Elas pediram um risoto de cogumelos com parmesão para dividir e uma entrada de bruschettas com tomate e manjericão. Entre uma garfada e outra, conversavam animadamente sobre os planos futuros, enquanto Camila, sempre apaixonada por arte, não parava de falar sobre a emoção de ter vendido sua coleção inteira.

— É uma sensação tão surreal — disse Camila, segurando a taça de vinho. — Não é só pelo dinheiro, mas saber que as pessoas realmente sentem algo quando olham para o que eu crio... é indescritível.

— E você merece cada pedaço desse sucesso, Camis. Eu sempre soube que você era incrível. — Juliana pegou a mão de Camila sobre a mesa, apertando-a com carinho.

Depois do jantar, caminharam até um bar próximo. O lugar era sofisticado, com luzes baixas e móveis de couro. O balcão de mármore reluzia sob as luzes, e uma música jazz tocava ao fundo. Camila sugeriu que experimentassem o rodízio de drinks, e Juliana, sempre aberta às ideias dela, aceitou de imediato.

— Se um drink não for bom, pelo menos o próximo pode ser — brincou Camila, erguendo o primeiro copo.

Entre risos e goles, elas provaram de tudo: martínis, mojitos, margaritas e até coquetéis exclusivos do bar. A cada drink, Camila ficava mais falante, gesticulando enquanto contava histórias de sua infância e dos processos criativos.

Juliana, por sua vez, não tirava os olhos dela. A luz suave do bar fazia os olhos de Camila brilharem, e a forma como ela se inclinava para sussurrar algo, sempre com um sorriso no rosto, fazia Juliana se sentir a pessoa mais sortuda do mundo.

Caminharam para casa entre risos e passos lentos, com Juliana segurando Camila pela cintura. Camila inclinava-se para ela constantemente, apoiando-se com a segurança de quem sabia que sempre seria amparada.

— Acho que exagerei nos drinks. — Camila riu, encostando a cabeça no ombro de Juliana.

— Talvez. Mas você ainda está linda. — Juliana respondeu, beijando o topo da cabeça dela.

Assim que chegaram ao apartamento, Camila mal esperou Juliana fechar a porta. Ela virou-se rapidamente, suas mãos encontrando os botões do terno.

— Camila, espera... — Juliana começou, mas a resposta veio em forma de um beijo urgente, quase faminto.

— Não quero esperar. — Camila sussurrou, desfazendo os botões com uma destreza surpreendente.

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