OITENTA E SEIS.

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Eu e Cecilia raramente questionavamos a ideia um do outro quando falavamos que tinhamos uma surpresa

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Eu e Cecilia raramente questionavamos a ideia um do outro quando falavamos que tinhamos uma surpresa. Confiança? Sim. Os dois não batiam bem? Também.

E foi nessa que vim parar em uma limosine, com minha esposa sentada na minha frente, com um vestido branco marcando seu corpo e extremamente sexy.

Ambos conversando como se estivessemos indo ali em Madrid.

Mas quando a limusine parou na porta da capela, e eu vi a placa brilhante pendurada na entrada, com as palavras “Vow Renewal with Elvis”, eu soltei uma das minhas risadas mais gostosas da vida. Nem posso falar "Eu preciso casar com essa mulher" porque eu literalmente ia casar com essa mulher. De novo, porque não tenho pouca sorte. Eu estava prestes a me casar com Ceci novamente, mas desta vez, o Rei do Rock estaria ali para abençoar nossa união.

Dentro da capela, o cenário era mais do que eu poderia imaginar. Cortinas vermelhas, flores brancas e vermelhas espalhadas pelo altar e, é claro, o detalhe que fez meu estômago revirar: uma réplica perfeita do Elvis, com um traje dourado brilhante e o cabelo impecável. Juro que se eu tivesse bebido mais alguns copos de whisky, berraria e tudo, tal qual um fã dos anos 80.

E a voz? Era igual!! Juro pra todos que era igual. Eu estava encantado, enquanto minha atual e futura esposa, gargalhava de cinco em cinco minutos.

O Elvis, com todo o seu estilo exagerado, levantou as mãos e começou a falar palavras bonitas, mas era impossível não prestar atenção na performance dele, enquanto um fotografo, provavelmente da própria capela, registrava tudo, já que só tinha nós quatro e a banda aqui dentro, provavelmente por negociação da Cecilia, já que lotava sempre, segundo minhas pesquisas no Tik Tok.

Ele disse que ia leva-la pra pegar a parte principal do casamento, enquanto eu me posicionava no altar, ainda rindo do quão maluca era a mulher que tinha... Que ia me casar.

Mas a risada permaneceu até eu ouvir o instrumental de Love Me, minha música favorita. Ele apareceu na lateral do altar, começando a cantar e a porta abriu, revelando a Ceci com um véu pequenininho, bem daqueles improvisados, e um buque rosa na mão.

Eu não era um cara sério, isso eu deixava pro Jobe, sempre fui o mais emotivo de nós dois e nunca tive vergonha de chorar, mas naturalmente, não era algo fácil de acontecer. Na maioria das vezes, foi de frustração por algo, menos sabado passado, em que chorei sentindo milhares de coisa ao ver a mulher da minha vida entrando no altar pra se casar comigo. E hoje, me via na mesma situação.

Toda a atmosfera ajudava, não era novidade pra ninguém que eu era fascinado no Elvis, mas também não era novidade pra ninguém que era completamente maluco pela Ceci, que estava tão iluminada quanto naquele dia.

Ela andava no ritmo da música, e eu senti minha mão suar como se já não fossemos casados???

Segurei sua mão assim que ela se aproximou, vendo que estava na mesma situação que a minha, o que fez os dois rirem e darem um selinho. Hoje não tinha regras.

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