Capítulo 5

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*** capitulo curtinho antes de conhecer o meu, o seu, o nosso.... PETER LOUIS***

Mais tarde naquela noite, meu telefone toca. Mal atendo e Fabiana já diz.

- Quinta-feira vai ter uma festa elegantíssima em comemoração ao um site de modas, dessas que você se encaixa. – ela ri e continua. – Mas é claro que você já sabe e não vai, não é?

Dou uma risada alta.

- Boa noite pra você também amiga. Sim eu estou bem sim e vejo que você também está. – continuo rindo. – E respondendo a sua afirmação, sim, eu vou ao evento quinta-feira.

Silencio do outro lado da linha, vários segundos se passam.

- Acho que eu liguei para a casa errada senhora. – ela diz educada e ironicamente. – Por que a minha amiga não se desentoca de casa para eventos assim. – ela ri.

- Rá rá rá. Muito engraçado Fabiana.

- Jesus Cristo, é você mesma. Então você vai mesmo na festa?

- Claro! – digo com tom de falsa irritação. – E eu ia perder uma boca livre e uns gatos da alta sociedade?

- Graças a Deus! Minha amiga voltou para o corpo dela. – ela comenta.

- Mais alguma coisa Srta. Oliveira? – pergunto dando risada.

- Não. – diz ela. – Aliás, tem sim, mais uma coisa. Te vejo na quinta. Mal posso esperar.

- Vejo você lá então. Te amo rabugenta.

- Eu também te amo bicho do mato.

Nós duas rimos e desligamos ao mesmo tempo.

Os dias que antecederam a festa foram tranquilos e sem novidades. Na manhã daquela quinta-feira, fui até Manhattan buscar meu vestido, aproveitei para passar em outra loja e comprar um par de sapatos que combinassem com minha única peça.

Passando em frente á um salão de beleza, resolvi arrumar o cabelo também.

- Vai que hoje à noite eu conheço o homem da minha vida. – falei para mim mesmo, quase em um murmúrio e dando uma risadinha.

Estava saindo do salão quando meu celular tocou.

- Alô. – atendo no terceiro toque.

- Gata. – Marcello diz com tom de empolgação. – Aluguei uma limusine para nós hoje a noite, não é um máximo?

Quase posso ver o Marcello na mesa dele, com os pés em cima da mesa e enrolando o fio do telefone. E com um sorriso, que só ele sabe dar. Marcello é um homem bonito, simpático, engraçado... e gay. – Que desperdício! - pensei.

- Uau. Então vamos chegar em grande estilo hoje, não é? – falei com a mesma empolgação que ele. – Ainda bem que caprichei no visual e nos acessórios.

- Cachorra! – ele grita rindo no telefone. – Você já foi pegar o vestido e nem me chamou? Isso é covardia.

Eu dou uma grande gargalhada.

- Relaxa meu amigo. – digo a ele. – Hoje, você vai estar acompanhado da mulher mais linda daquela comemoração.

- Muito Humilde da sua parte. – ele faz uma pausa, mas sei que está rindo da minha cara. – Bem, as 20hrs eu passo na sua casa com a abobora pra te levar ao Baile, Cinderela.

Desligamos o telefone, aceno para um táxi e dou o endereço da minha casa.

As 19:45 já estava pronta. Ansiosa, muito ansiosa. Quem diria que eu fosse ficar tão empolgada com uma festa. Na verdade á meses eu não me empolgo assim com coisa alguma. Mas desde que sai de casa naquela tarde para ir a caça do meu vestido, é que uma sensação agradável me atingisse, e desde então, estou assim, empolgadíssima. – Oh Deus! O que será que esta noite me reserva? – penso comigo mesma. Na verdade era quase uma oração, uma suplica, uma esperança que alguma coisa boa acontecesse.

E muito pontual, como ele só, Marcello toca o interfone do meu apartamento as 20hrs. Desço as escadas do prédio devagar, pois aqueles malditos sapatos podiam ser lindos e deslumbrantes, mas apertavam feito um espartilho na idade média.

Na hora que eu abro as portas da frente do prédio, Marcello me olha embasbacado, demora quase 15 segundos para que ele volte do transe e me abre um sorriso. Aquele sorriso.

- Mulher de Deus! – ele diz me olhando de cima a baixo. – Você não estava brincando hoje de manhã. Com certeza vou ser o homem mais invejado daquele lugar. – ele me oferece o braço e me conduz até a limusine. – Pena que não gosto da fruta.

Nós dois rimos alto e entramos no carro.

- É uma pena mesmo. – pisco pra ele fazendo charminho. – Eu ia gostar de ser cortejada por você.




Preço de um recomeço #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora