Acordamos por volta das 21hrs. Meu estomago doía de fome. Á alguns dias não sentia apetite, e depois de todo aquele exercício de horas antes, estava faminta.
Olho para o lado e Peter está apoiado em um cotovelo olhando para mim.
- Oi dorminhoca.
Me estico na cama de forma preguiçosa e sorrio para ele.
- Oi. Você não dormiu?
Ele confirma com a cabeça.
- Acordei tem uns dez minutos. – diz ele baixinho e beijando meu pescoço. – Fiquei olhando você dormir. Fica mais linda ainda.
Acho que fico vermelha.
- Você poderia ter me acordado.
- E quebrar seu ronco encantador? – ele da uma risada. – Nem pensar.
- Eu não ronco. – dou um tapa em seu braço, mas rio também. – Ou será que eu ronco? – fico com vergonha dessa possibilidade.
- Estou brincando. Você não ronca, apenas respira profundamente. – ele solta outra gargalhada.
Faço uma careta pra ele, deixo um beijo suave na sua boca e me sento na cama.
- Estou morrendo de fome. Vamos pedir alguma coisa pra comer? – sugestiono.
- Eu também estou com fome. – ele diz. – Que tal comida chinesa?
- Delicia! – sorrio para ele.
Nos vestimos e vamos para a sala fazer nosso pedido. E eu me dou conta de que está faltando alguma coisa.
- Peter! Não vejo a Meg. – digo desesperada.
Começamos a procurar em todos os cantos, embaixo dos moveis e nada. Vou até a lavanderia e a encontro deitada na sua caminha, dormindo.
Ufa! Que susto. Já começava pensar que ela estivesse escapado, em algum momento em que a porta ficou aberta.
Peter vem atrás de mim e me abraça.
- Essa é a Meg. – digo baixinho para não acordar a minha nova amiga.
- Ela é linda.
- Linda e bagunceira.
Nós dois rimos. Saímos da lavanderia, bati a porta de acesso para a cozinha e voltamos para a sala.
Peter veste apenas camiseta e cueca e eu, meu tão conhecido roupão cor de rosa.
Apresento o apartamento para ele. Todos os cômodos, um por um.
- É um imóvel lindo. – ele diz. – Muito mais confortável do que aquele que você estava no Brooklyn.
- Eu gostava do meu cantinho. – digo a ele fazendo beicinho. – Eu achava lindo.
E realmente gostava, era meu cantinho. Aqui, por mais que agora seja meu também, ainda me sinto como uma hospede.
Peter se vira para mim, com aquela carinha de safado e "Dom Juan".
- Qualquer lugar em que você esteja fica lindo, Heloisa. Até mesmo um buraco em bairro da terra. – ele pisca pra mim.
- Xavequeiro. – dou uma risada.
Ele franze a testa.
- O que significa isso? – ele pergunta.
Me dou conta de que esse termo é usado no Brasil. Ele não saberia mesmo.
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Preço de um recomeço #Wattys2016
RomansHeloísa Sanches é uma mulher de 30 anos que se vê sem chão após uma grande decepção em seu casamento com Ricardo. Logo após a separação ela decide que vai tomar outros rumos na sua vida. Desiste de seu emprego, de sua vida no Brasil e decide se aven...