Capítulo 18

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Não olhei o meu celular o dia todo. Vou até minha bolsa e o pego. Tinham 4 ligações não atendidas, uma mensagem de voz e uma mensagem de texto. Todas de Peter.

Me sento no sofá e vou vê-las. Primeiro escuto a mensagem de voz.

Oi minha linda.

Estou tentando falar com você, mas acho que está muito ocupada. ( uma pausa )

Espero que esteja tudo bem e tenha dado tudo certo.

Me ligue assim que pegar essa mensagem, por favor.

( um longo suspiro )

Assim que terminou eu salvei a mensagem de voz e fui ver a mensagem de texto.

Oi minha linda.

Ainda sem noticias suas, estou preocupado.

A noite foi maravilhosa e nossa manhã foi deliciosa. Espero ter a oportunidade de terminar o que começamos.

P. Louis.

Sorrio para o telefone. E digito seu numero, ele atende no segundo toque.

- Oi minha linda.

- Oi. – digo sem reação a tanto carinho.

- Está tudo bem? Como foi com o advogado?

- Deu tudo certo. Resolvi me mudar para o apartamento deles. – faço uma pausa. – Acho que me mudo essa semana ainda.

Ele pede um minuto e fala com alguém fora da linha.

- Estou te atrapalhando? – pergunto.

- Claro que não! – ele responde rapidamente. – Estava falando com minha secretaria.

Hummmm... a tal secretina, aposto.

- Ok. Nos falamos depois então.

- Posso passar ai mais tarde?

Fico em silencio por alguns segundos e respiro fundo. Bem que eu queria, mas com tantas coisas para resolver, não vai ser fácil.

- Acho que essa semana vai ficar muito corrida pra mim. Mas vamos nos falando por telefone.

Peter fica um pouco confuso e fica em silencio por alguns instantes, mas acaba falando.

- Eu fiz alguma coisa errada?

- Não, meu anjo. – digo quase pedindo desculpas. – Você foi perfeito, em tudo.

Acho que posso até escutar um sussurro de alivio do outro lado da linha.

- Certo. Se você mudar de ideia, sabe como me achar. – ele da uma risadinha e eu sorrio também.

- Sei sim.

Desligamos e eu fiquei com gostinho de mais na boca.

A semana passou muito rápido. Fiz a mudança para o apartamento de Fabiana, que agora é meu lar. Conseguimos acelerar o processo de liberação dos corpos deles e já foram encaminhados ao Brasil.

Recebi o irmão de Fabiana, o ajudei com tudo o que eu podia e prometi que em breve iria visita-los, e com certeza, iria visitar o tumulo também. A tristeza ainda me fazia companhia, mas Meg me fez um bem que eu jamais imaginei encontrar em um animal de estimação.

Tinha algum dinheiro no banco em que João e Fabiana tinham conta em conjunto. Com a ajuda do advogado, dividimos a quantia e mandamos para as famílias no Brasil. Eu não queria nada que não fosse meu. Nem mesmo o dinheiro do seguro era meu, era de Meg.

Preço de um recomeço #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora