Capítulo 48

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Então! Lembra que eu disse que ia ser divertido aquele jantar?

Pois é. Não foi bem assim.

Assim que nos acomodamos , tudo aconteceu de forma muito rápida e quase que ao mesmo tempo.

Pela minha visão periférica percebi alguém chamar Nathan do lado de fora do restaurante. Ele saiu e foi falar com o tal homem.

Leonard se zangou e chamou a atenção de Peter para o acontecido e não prestei muita atenção de como, mas acabaram caindo no assunto dos pais biológicos dele. Acho que não preciso dizer que ouve uma certa discussão na mesa por conta disso.

E o telefone de Gabriel tocou. E foi nesse momento que o tempo parou e eu acho que tudo aconteceu no modo câmera lenta.

- Ricardo? – foi o que Gabriel disse assim que atendeu ao telefone com a testa franzida.

Ele olhou para mim com cara de espantado e curioso ao mesmo tempo. Eu devo ter perdido a cor e Peter se enrijeceu ao meu lado.

Gabriel pediu um minuto e foi atender o celular longe de nós.

Leonard, Rebecca e Kathy, agora, apenas se preocupavam em escolher a sua refeição, totalmente alheios ao turbilhão que se criava na minha mente e a apreensão que circulava Peter.

Nathan voltou para mesa com uma expressão menos amistosa dessa vez. E Gabriel chegou em seguida com cara de poucos amigos também.

Fizemos nossos pedidos no automático.

Leonard puxou assunto com os meninos sobre futebol americano, o que foi realmente muito bem vindo para que aquele climão se dissipasse por hora.

Rebecca começou a falar sobre uma Ong de crianças órfãs que ela e Kathy ajudam. Foi bom escutar o entusiasmo delas.

Kathy me contou que nunca mais teve contato com a mãe biológica. Não que ela tenha procurado pela filha, mas também não sentia essa necessidade já que para ela seus pais sempre foram Rebecca e Leonard.

Enquanto comíamos e conversamos os assuntos passados não se fizeram presentes. Era como se nada tivesse acontecido.

Assim que pedimos a conta e saímos do restaurante o clima começou a esquentar de novo.

- Eu não vou para casa agora pessoal. Está rolando uma festa de um amigo em um bar aqui perto, vou para lá. – disse Nathan. E embora tentasse demonstrar entusiasmo, não conseguia disfarçar que não queria sair de perto de nós.

Achei estranho e percebi Peter lançar um olhar significativo para Leonard.

- Ah, acho que vamos também. – Peter olhou para mim me pedindo ajuda. – Você não disse que queria dançar um pouco?

Assenti entrando na onda.

- Claro, vai ser divertido. – pensei por um momento e achei melhor incluir Gabriel. – Meu irmão também gosta de dançar. Acho que devemos dar uma noite de sossego para Rebecca e Leonard.

Disse sorrindo para Kathy.

Nathan ficou visivelmente incomodado com a intromissão, mas não se opôs. Assim que se afastou para falar com o pai, Peter chamou a atenção de todos.

- O plano é o seguinte. – rapidamente deixou Gabriel a par da situação que Nathan vivia. – Nós vamos junto e ficamos de olho no que ele vai aprontar. Vamos bem a vontade, para deixa-lo livre pra agir. Hoje eu pego esse moleque.

Todos assentimos e eu tive uma idéia.

- Gabriel, você pode grudar nele, mas a distancia. Se ele perceber que você está no pé dele, não fazer nada. – ele concordou. – Ele vai estar preocupado com que Peter veja alguma coisa, sendo assim nem vai se dar conta de você no encalço dele.

Preço de um recomeço #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora