Capítulo 47

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Minha mãe conta a história como ela conheceu meu pai, sempre que tem oportunidade.

Naquela época, era tudo muito restrito e proibido. Minha mãe avistou meu pai trabalhando na lavoura de café e eles começaram a paquerar. Meus avós, pais da minha mãe, não quiseram o envolvimento deles, justamente por ele ser mais humilde e minha mãe ter um pouquinho mais de condições.

Não foi isso que impediu os dois de juntarem suas coisas e fugirem para casar.

E assim foi feito, casaram-se e só voltaram a ver meus avós quando minha mãe já estava grávida do Julio.

Passaram muitas necessidades, moraram de favor na casa dos outros, sofreram muito.

E quando a gente pergunta se ela se arrependeu, ela responde:

- "Não me arrependo de nada. Hoje eu tenho minha família e o amor da minha vida devido a essa loucura que eu fiz. Eu só agradeço a Deus."

E eu nunca pude entender o que realmente envolvia. Eu achava que amava Ricardo, e talvez eu até tenha amado de uma certa forma. Mas agora, aqui deitada no peito de Peter, enquanto olhamos a lua no céu, eu posso dizer que achei meu lugar preferido, meu amor pra vida toda.

Junto com o avançado da noite, uma brisa mais fria tocava nosso corpo e fez com que eu me arrepiasse toda.

- Vamos entrar. Está esfriando e esse sal todo do meu corpo está começando a me incomodar. – disse Peter, já se levantando e batendo a areia do corpo.

Me juntei a ele e fomos andando de mãos dadas de volta para a casa.

Em um canto mais escuro do deck de entrada, vi um vulto meio que parado e meio que se mexendo. Por um segundo eu virei a cabeça e notei que eram Gabriel e Kathy. E pasmem! Estavam se beijando.

Um puta beijo de arrancar o ar de qualquer ser humano.

Mais que depressa, empurrei Peter para dentro de casa, que eu pensei que não tinha visto o meu irmão atacando a irmãzinha dele.

Grande engano o meu.

- Você trouxe o inimigo pra dentro de minha casa. – Peter disse assim que entramos no banheiro para tomar banho.

- Não entendi. – me virei pra ele com as mãos na cintura.

Ele foi até o armário no quarto e pegou duas toalhas e voltou para o banheiro ligando o chuveiro e testando a agua.

- Eu sei que você viu seu irmão engolindo minha irmã lá fora Helo, não se faça de besta. – eu sei que ele queria passar um ar de irmão preocupado, mas falhou quando os cantos de sua boca começaram a subir com um sorriso torto e divertido.

Alivio percorreu em mim, estava mesmo com medo dele querer arranjar briga porque Gabriel estava dando em cima de Kathy.

Dei de ombros entrei no box junto com ele.

- Teoricamente falando, foi você mesmo que trouxe o inimigo pra dentro da sua casa. – peguei o sabonete e comecei a lavar o peito de Peter. – Já deveria saber, á essa altura do campeonato, o charme que tem os Sanches. – desci a mão pelo seu abdômen. – Você mesmo não resistiu aos meus encantos. Que culpa tem a pobre Kathy de cair nas teias do Gabriel? – enquanto falava, fazia movimentos circulares em toda extensão do troco de Peter e ele se contorcia. - E vamos ser francos. Nada mais justo. Você pega a irmã do Gabriel, Gabriel pega sua irmã. – terminei com um sussurro e chegando enfim a seu pênis que a já estava ereto.

Olhei para ele com cara de inocente e passei a masturba-lo bem devagar.

- Nesse momento ele podia estar pegando minha mãe que eu não me importaria. – falou rouco demais e rimos juntos. – Vem cá, gostosa.

Não tive tempo nem de pensar. Peter me virou de frente para o azulejo frio e levantou minha mão para que eu me apoiasse.

- Se apoia na parede, Heloisa. – sua voz era mandona e quase rude. Aquilo já estava contribuindo para que minha buceta ficasse encharcada. – Eu vou te comer rápido e forte. Assim como estou com vontade o dia todo, te vendo naquele biquíni delicioso.

Fala sério! O que eu poderia dizer? Nada! Exatamente. Apenas assenti e logo em seguida Peter me penetrou por trás fazendo meu corpo todo ir pra frente num solavanco brusco. Meus mamilos já endurecidos tocaram a frieza do azulejo e eu gemi de uma forma quase animal.

Peter ia ser minha perdição se continuássemos assim. Mas que se dane! Eu quero é mais. Com ele, eu sempre quero mais.

- Isso meu amor, rebola pra mim, vai! - e com isso ele me deu um tapa na bunda que com certeza ficaria uma marquinha mais tarde.

Ok! Eu já tinha pegado o quanto Peter era quente e delicioso. Mas ve-lo se entregar daquela forma, a versão safado ao extremo, estava me deixando ainda mais louca por ele.

Não precisou de muito mais que aquilo e no próximo tapa que ele me deu eu gozei descontroladamente. Depois de mais algumas estocadas ele também gozou forte e me abraçou ainda por trás, não querendo me soltar.

Eu também não queria que ele me soltasse. Nunca mais.

Terminamos nosso banho e descemos para sala onde todos estavam reunidos e discutindo sobre o que fazer para o jantar.

Gabriel estava sentado, preguiçosamente em uma poltrona de um lado da sala. Kathy estava obedientemente sentada do lado da mãe. Quem via até pensava que era santinha mesmo.

Ri com meu pensamento e recebi um olhar de repreensão de Peter, que por sua vez olhou feio para Gabriel que fez cara de desentendido.

- Peter, o que acha de sairmos para jantar fora? Mostrar a cidade para a Helo e Gabriel? – Nathan estava ofertando de muito bom humor.

- Eu topo. – Gabriel já disse se levantando.

Meu irmão é tão intrometido, mas fazer o que? Esse jeito dele encanta a todos.

- Eu acho ótimo, assim sua mãe não me escraviza na cozinha de novo. – Leonard também levantou e todos rimos.

Com isso fomos todos a um restaurante na orla da praia. Não muito distante da casa deles.

Assim que estacionamos e saímos do carro, Peter bateu no ombro de Gabriel.

- Ainda vamos conversar meu querido. – e saiu para acompanhar seus pais até a entrada.

- Não entendi. – meu irmão me olhou preocupado. Com certeza já fazia uma ideia do porque daquela repreensão.

- É isso mesmo maninho. Nós vimos você engolir a Kathy no deck.

Ri da expressão de espanto que ele fez. O que durou muito pouco, dado ao palhaço que Gabriel era.

- Não tenho culpa dele ter uma irmã gostosa. – ele riu já procurando Kathy com os olhos.

Dei um tapa na sua cabeça.

- Mais respeito com ela Gabriel, ou eu arranco isso que você chama de bolas.

- Aiiiii. – ele segurou a parte de trás da cabeça, como se eu pudesse ter força suficiente para realmente machucar ele.

Kathy se aproximou de nós.

- Vamos? Já liberaram nossa mesa.

Passei o braço na cintura dela antes que o engraçadinho do meu irmão fizesse alguma coisa.

- Vamos cunhadinha. – ela sorriu para mim e entramos no restaurante. – Cunhadinha duas vezes, né?!

Pisquei para ela e ri das suas bochechas vermelhas e seus olhos esbugalhados de espanto.

Ia ser divertido esse jantar.


*** Eiiiiitaaaaa..... será que esses dois vão dar trabalho????

kkkkkk oremos.

Bjos bjos***

Preço de um recomeço #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora