Capítulo 52

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No final das contas não precisamos esperar muito para armar a armadilha para o Cobra.

No final da tarde daquele domingo o cretino ligou exigindo a presença de Nathan em uma "reuniãozinha" de acertos de contas. Eu sentia uma revolta tão grande. Obvio que nós sabemos que isso existe e a coisa é tão bem elaborada que agora entendo o termo "crime organizado". Mas só depois que se passa perto da gente é que percebemos a proporção que isso pode tomar.

Acabamos adiando nossa volta, que seria naquele domingo a noite, para segunda a tarde. Peter fez questão de acompanhar, não tão de perto quanto queria, a trama toda.

Assim como combinado, Nathan pediu uma "reunião" em particular com o criminoso e lá se foram, Leonard, o policial amigo e ele para o toca do lobo. Ops, o termo melhor seria buraco da cobra.

Meu sogro havia feito contato com o amigo logo depois do café e deixado ele a par de toda situação.

Depois de estressantes longas três horas Nathan e Leonard entraram pela porta da frente, são e salvos e a comoção foi geral.

O plano havia sido executado com sucesso e sem pormenores. No final das contas o tal policial nem precisou se meter no tramite.

- Precisavam ver a cara de idiota que o Cobra ficou quando o papai falou que os pais de Peter estavam mortos. A muito tempo. – Nathan contou sorrindo. – E ainda teve a cara de pau de dizer que era uma pena eu não continuar com ele e que eu era o melhor "vendedor" dele.

- Filho da puta. – pasmem! Foi Kathy quem soltou isso.

Rimos das expressões um dos outros.

- Agora estamos todos em paz novamente. – Leonard se virou para Nathan. – Agora vê se sossega porque eu não aguento mais uma dessas sem enfartar. Estou tremendo até agora.

Começamos a falar ao mesmo tempo, coisas diferentes e assim tudo ficou no seu lugar.

Menos um problema na nossa frente.

Estava sentada em uma espreguiçadeira no deck de olhos fechados. A noite já estava avançada. A brisa mais fresca tocava meu corpo e me refrescava.

Senti lábios quentes encostarem nos meus e abri meus olhos para ver Peter sorrindo, agora de forma serena e tranquila, para mim.

Desencostei e o convidei a se sentar atrás de mim e assim ele fez. Voltei a me deitar mas dessa vez no meu travesseiro preferido, seu peito.

- Eu queria te agradecer, Helo.

Surpresa virei meu rosto para ficar meio de frente meio de lado.

- Pelo o que exatamente? – perguntei rindo.

- Pelo o que? Meu Deus, por tudo! – ele estala um selinho na minha boca. – Eu vim para resolver um problema, que graças a Deus resolvemos, mas vou sair daqui com outra bomba nas mãos. A morte daqueles que me colocaram no mundo. E você aguentou tudo do meu lado e assumiu de onde eu não podia continuar. Você foi sensacional.

- Estarei com você para o que der e vier, por que eu te amo. Lembra? – disse repetindo suas palavras e sorri de forma acalentadora.

- Lembro, mesmo assim obrigado. – seu sorriso era tão lindo.

Assenti e voltei a me aconchegar no seu peito.

- Não vou mentir, sua família é bem animada. – disse com a voz divertida. – Mas estou aliviada de estar aqui com você. Não quero imaginar você passando por tudo isso sozinho.

Preço de um recomeço #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora