[Assistam a mídia trailer abaixo]
//DES•CO•NHE•CI•DO// 1 Não conhecido 2 Ignorado 3 Pessoa não conhecida 4 Aquilo que não se conhece 5 Sem conhecimentos ou relações.C A P Í T U L O II
"Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa." - Sócrates.
Medo.
A sensação de que está ameaçado ou a consciência de um conflito, uma alerta, um susto.Algo no seu sistema alertando o receio de fazer alguma coisa dentre o perigo. A ansiedade misturada com o susto dispersivo e ao mesmo tempo alerto. O parvor alerto à reação de algo ou de um indivíduo tanto fisicamente quanto psicologicamente. E isso era o quê eu via no seu olhar. O medo de mim, esperando a qualquer movimento de minha parte.
Eu estava acostumado com isso. Passar pelas ruas de Holmes Chapel e receber olhares trêmulos e apavorados. O medo a consumilos apenas porquê eu tinha um olhar e um grupo de pessoas. Eu nunca fui assim, mas como toda pessoa que precisa de uma casa e comida, eu tive que arrumar algo para ganhar dinheiro.
Era simples.
Em uma cidade pequena como essa, todos conhecem uns aos outros e o trabalho era receber. Receber dívidas e pagamentos de usuários do Dan. Apesar de saber que o próprio quem entrega as substâncias, eu sei que não é ele propriamente o "chefão" de tudo isso. É um desconhecido, talvez nem mesmo more na região de Holmes Chapel e nem mesmo Dan saiba o seu verdadeiro nome, mas eu não ligava para isto, eu só fazia o quê tinha de fazer para ganhar a minha parte. Umas setecentas libras ali e as minhas próprias substâncias, isso sem precisar apertar o gatilho. Apenas, calmamente, apontar e um olhar.
No entanto, todos sabiam o quê eu fazia, mas a garota com um fino casaco preto e grandes olhos azuis cinzentos, esbugalhados, de certeza que não era dessa cidade. Mas como todos que não vieram a conhecer-me, já se deve saber temer-me.
Ela continuou ali, parada me olhando e eu engoli em seco. Não sabia o que fazer. O meu olhar caiu no seu corpo, vendo como ela estremecia a cada batida de vento em seu rosto pálido. Tirei o meu casaco e lhe ergui em sua direção.
- Pega. - Eu disse, sentindo o frio abater-me os braços descobertos, mas não me importei.
- E-eu estou bem. - Recusa.
- Ouve, eu não te vou fazer mal, podes pegá-lo. - A garota olhou-me nos olhos e acabou por colocar em seus ombros. Sem trocar palavras, eu fiz sinal com a cabeça e ela seguiu-me. A bolsa nas costas, sinalizando a sua chegada agora à pouco na cidade. - Para onde vais? - Eu perguntei no silêncio, ouvindo apenas os nossos passos nas folhas secas de outono. Do fim do outono.
- E-eu não sei...- Franzi a testa olhando agora em sua direção. Ela tirou um papel dos bolsos de trás da sua calça e ergueu-o. - Sabes onde fica? - O pequeno papel amaçado tinha um endereço e eu reconheci de imediato o lugar.
- É fora da cidade. - Eu molhei meus lábios. - Na direção contrária, à dois quilômetros, naquela direção. - Eu apontei para trás, parando nossos passos.
- O-obrigada. - Ela desvia seu olhar, girando seus tornozelos.
- Espera. - Agarro em seu braço. - Vais sozinha? Está tarde e vai chover...- Eu digo lentamente, sem deixar os seus olhos e sem jeito. Eu não sei de onde veio essa atitude. A garota dá de ombros. - Eu te acompanho.
Sentia algo desconhecido por mim e por mais estranho que pareça, a dor na minha cabeça se fora. Enquanto fazia todo o retorno para o caminho que à minutos eu estava, eu olhei de relance para a garota desconhecida por mim. O meu casaco ligeiramente grande em comparação com o seu tamanho, mas ainda assim ficou-lhe bem. Podia julgá-la nos seus 19 ou 20 anos. Mantia quase dois passos de distância de mim ao seu lado e eu quase ri-me por isso.
- Não és daqui, não é? - Eu meti conversa, chutando as pedras que entravam no meu caminho. Ela apenas assentiu com a cabeça. - Também não és de falar muito. - Murmuro.
- Bom, eu não te conheço. - Finalmente eu ouvi a sua voz, mais confiante e doce ao mesmo tempo, o quê fez com que eu levantasse a minha sobrancelha.
- Eu ajudei-te agora à pouco. - Viro a minha atenção para esta, mas novamente ela não responde.
Alguns minutos depois de muita ventania e irritação com os cachos cumpridos que insistiam em entrar na minha vista, nós chegamos ao caminho da estrada. Soltei um suspiro por finalmente chegar, não via a hora de chegar em casa e ainda tenho que refazer todos os passos para lá. A estrada levava apenas a uma casa e eu conhecia o seu dono.
- És o quê do Hershel? - Eu disse quando paramos. Ela tirou o meu casaco e entregou-me.
- Conhece-o? - Assinto. - Obrigada pelo casaco e por acompanhar-me. - Ajeita o seu gorro e girando os seus tornozelos.
- Hey! Eu lhe fiz uma pergunta. - Levantei o meu tom, ignorando o seu agradecimento. Ela virou o seu corpo, encarando-me.
- Ele é o meu avô. - A sua voz suou e eu senti aquele choque de novo. Engoli em seco com o efeito e encarei o seu rosto. Os lábios trincados e roxos do frio. Os cabelos bagunçados em ondas, mas ainda assim deixando a sua aparência mais delicada e simples.
- Sou o Harry. - Eu disse por impulso, desviando o meu olhar com a minha atitude, mas rapidamente encontrando o seu de novo.
Eu não era de apresentar-me para alguém desconhecido, quanto mais uma garota. Na verdade, eu às descartava na primeira noite, e por vezes, não as via mais, não era do tipo que mantia contatos e não me importava minimamente com quem saía. A misteriosa a minha frente não era diferente, sem dúvidas, mas tinha algo que chamava-me a atenção. Não era só pelo medo que sentiu de mim ou o choque que enviou-me. É a forma como ela olhou nos meus olhos e a expressão em branco, como se não importasse com o quê eu disse ou com a minha reação perante. No entanto, eu esperei pela sua resposta, mas ela apenas levantou um pequeno fantasma de um sorriso sem dentes.
- Boa noite, Harry. - E virou-se de costas.
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[Capítulo II "Desconhecido"]
Hey! Como vão?
Apesar de achar o contrário, o Harry ainda vai encontrar-se muitas vezes com a misteriosa.
Nos próximos capítulos, a história irá passo a passo com a vida de Harry e assim conheceram a origem da "doença" que ele tem, junto com os conflitos do "Presente".
Já o próximo capítulo será bem mais extenso e pormenorizado do que este, e mais uma vez, depende de vocês ;)Mais uma vez, obrigada ♥.♥
Ps: Estou apaixonada pela "It's You"!!
Votem & Comentem ♥
Olive You :')
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The Butterfly Effect | H.S
Teen Fiction" O simples bater de asas de uma borboleta pode desencadear um tufão do outro lado do mundo. " - Teoria do Caos. A vida podia ser injusta as vezes... A vida lhe deu uma doença desconhecida, drogas, armas, discussões, brigas, pesadelos, perturbações...