Capítulo XXI | Angry

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Highway to Hell - AC/DC

//RAI•VA//ZAN•GA•DO// 1 Irritar-se, aborrecer-se, queimar-se

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//RAI•VA//ZAN•GA•DO// 1 Irritar-se, aborrecer-se, queimar-se.

C A P Í T U L O XXI

A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram.” William Shakespeare.

Havia uma raiva desconhecida por dentro e eu sentia aquilo consumir-me diante de mais uma vítima, idiota, do Dan.

Não me interessava quem era, eu só tinha um olhar carregado à encarar os seus e a arma na sua testa. Minhas narinas estavam fumegantes e eu não mantia essa posição só porquê Dan estava atrás de mim, mas porque foi assim que me senti a semana toda.

Este era eu e quando eu parava para pensar na minha merda de vida, nos momentos em que injetava-me, me perguntava quando havia deixado de ser. Foi quando defendi Florence  de Will - no primeiro dia em que nos conhecemos - e assim nem tinha percebido a maneira como me comportava.

Lembrava até de como Louis me questionou ao ir atrás de Florence, não sabia mesmo o que tinha de errado comigo. Contudo, isso já passara, eu estava de volta, na minha raiva constante, preso neste mundo.

E antes do dia se por, Bob já estava a entrar no apartamento, a dizer que Dan estava na cidade e que iria acompanhar na próxima cobrança. Não era nada demais, ele só não havia nada para fazer, dizia. Eu assenti, tomando um banho rápido e pensado no tempo que isso iria terminar até lá.

O Louis disse que não podia vir, uma vez que Tyreese o queria mais cedo no bar devido a chegada de novas bebidas. O Louis não sabia o que era pior, faltar ao serviço do Dan ou ajudar Tyreese com as caixas. Ambos teriam uma consequência, mas este já estava tão acostumado em fazer o serviço a hora que apetecia que resolveu ficar para o bar. Aliás, Tyreese pagava melhor seu salário, pelo qual, Lou dizia ser a nossa "escapatória para Londres". Então eu apenas assenti quando ele disse para dizer que não se sentia bem, fechei a porta e me encontrei com Bob lá embaixo.

Ao contar ao Dan sobre a "gripe" forte que Louis pegou com o tempo, o mesmo fez uma carranca. Talvez não tenha acreditado nas minhas palavras, mas se limitou apenas a dizer com o maxilar tenso:

— Nunca vejo aquele idiota em ação... — apagou seu cigarro. — Dá-lhe um soco quando voltar. — Eu assenti, mantendo o olhar na minha frente, mas de relance, vi Peters com um sorriso nos lábios.

O maldito sabe quando Louis está conosco.

Só entendi porquê que Dan estava conosco ao ver adiante, Steve e Matt que segurava com as suas mãos trêmulas a arma, tentando fazer um giro com ela no ar. Steve deu-lhe um encontrão de ombros, sussurrando algo como "o Dan está aqui", fazendo o mesmo guardar a sua arma na cintura. Dan estava aqui por o queria ver em ação, mas não se importou minimamente com Connor a ensinar o garoto a girar uma arma carregada.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora