The Butterfly Effect | H.S

Capítulo I | Shock

//CHO•QUE// 1 Embate ou encontro de dois corpos em movimento. 2 Embate violento de forças militares. 3 Súbito desequilíbrio mental. 4 Sensação produzida por uma carga elétrica. 5 Abalo emocional.

H A R R Y

Você já ouviu falar do Efeito Borboleta? bem, vou lembrar-te disso...É uma teoria simples, um bater de asas de uma borboleta, uma simples escolha, uma decisão que tomas, um ato...pode gerar uma consequência mais tarde, pode causar um tufão do outro lado do mundo, segundo Edward Lorenz, mas embora você já saiba disso, não queria lembrar-te do que uma vez fora tão encantador, belo, extraordinário e agora algo destrutivo, digno de decepção por magoa-la tanto... Desculpe, Floren.

Sim, espero mesmo que seja você quem lê esta carta, e também espero que leia todas até o fim.

Para começo, acho que possas não enterder, mas espero que compreenda ao longo delas e que por fim, saiba o porquê de escreve-las para ti.

Eu nunca pensei que fosse escrever tanto em minha vida, mas também nunca pensei que pudesse enfrentar e fazer muitas coisas que consequentemente, obrigatóriamente ou por não ter escolhas tive de fazer ao longo desses anos e enquanto estive com você.

Bem, aqui vai a história da minha vida, de como conheci algumas pessoas, como perdi outras, como me apaixonei pela primeira e ultima vez, e como este sentimento deu-me motivos para continuar a seguir em frente.

Mas também é sobre a história de como viemos parar aqui.

C A P Í T U L O I
"Shock"

"O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer." - Albert Einstein.

Sabes quando você sente-se sozinho no mundo? Quando você para-se para pensar em toda a sua vida?

Não é um sentimento que se diga que você arrepende-se de algo. Você só para literalmente para pensar mais adiante no seu futuro. Pensa se todas aquelas ambições e sonhos serão um dia concretizados. Se realmente vai ter ou vai ser aquilo que sempre imaginou para si. Se pergunta se estás a ir pelo caminho certo ou se isso quê procuras, realmente é o quê quer. Eu tinha uma maneira diferente de pensar assim. Eu não pensava sobre o quão estranho eu sou por ter uma pequena, ou nem tanto, descarga no cérebro, algo anormal nunca estudado ou percebido pela sociedade.

Por um tempo eu pensei no quê eu queria ser quando crescesse e no quê eu teria para a minha vida, mas esses pensamentos foram consumidos por outros. Pelo meu problema. Eu pensava em até quando isso duraria. Até quando eu teria que fazer os malditos experimentos e isso não significava o meu futuro.

Porque eu não tinha um.

Mordia meus lábios ligeiramente. Era um tique ou algo assim que desde sempre fazia quando estava confuso, com medo ou assustado e neste momento eu não tinha nenhuma dessas expressões. Eu estava mais como "acostumado", porque não têm o quê descrever-me. Simplesmente já estava acostumado com isso.

Com eles.

Viam busca-me, sejaste dia ou noite, qualquer hora que descobrissem algo para testar em mim. Eu já não me debatia para sair, deixava-me vendar, tapar meus ouvidos e levar-me seja lá onde fosse a porra do lugar.