Capítulo XXXXXXXV | Avoid

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//E•VI•TAR// 1 escapar-se de, esquivar-se de algo desagradável e/ou perigoso 2 furtar-se a (contato, encontro, convivência etc. ou a briga, discussão etc) 3 não permitir; causar impedimento 4 resguardar, privar (alguém) de (alguma coisa); poupar.

C A P Í T U L O XXXXXXXV

"Pode-se enganar a todos por um algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo." Abraham Lincoln

Posso explicar, tudo bem? — Me aproximei, mas ela deu um passo para trás com seu olhar fechado. Era um aviso.

Suspirei e peguei uma toalha. Meu cabelo estava a molhar todo o chão com a pressa que sai da banheira, no entanto, apressei para enxuga-lo e notei o constante olhar de Floren. Estava chateada, inquieta com seus braços cruzados a espera da minha justificação. Coloquei minha t-shirt e com um passo para passar. Florence se colocou ao lado como se um simples toque a pudesse explodir. Eu não queria que ela se sentisse assim, como se apenas estivesse comigo para usá-la. Ela fazia-me esquecer o mundo, acalmava minhas dores na cabeça, principalmente quando estávamos tão conectados. Mas nunca pensei em estar com ela apenas por isso.

— E então? — Limpou sua voz, quase chorosa. Merda Florence, não faz-me sentir pior...

— Eu não me apliquei.

— Como explica isso? — Ela aponta para meu braço com a recente ferida e eu puxo meu cabelo para trás.

Eu sentia que a cada passo contigo estava cada vez mais perto da razão por trás das desculpas. Você estava cada vez mais perto das respostas.

— Bem, se lembra quando eu disse que aqueles homens fazem...uh, alguns testes em mim? Com... substâncias...? — Pergunto sem jeito e ela apenas assenti com seus braços cruzados ao peito. — Eles estavam aqui antes de chegares.

Florence desvia seu olhar e eu continuo após encostar minhas costas contra a parede, a frente de si. Parecia mais fácil encarar o chão do que seus olhos profundos.

— Eu te disse uma vez que... não tenho muitas escolhas.

O pequeno cômodo fica em silêncio quando tento olhar para seus olhos, mas ela apenas olha para o chão. Era notável como estava a se cansar devagar das respostas omitidas. Mas se ela pudesse compreender saberia que não quebrei a promessa, quando o que juramos foi que eu não me aplicaria.

Talvez essa seja a resposta mais idiota. Dessa vez quem aplicou foram eles e não eu mesmo...se ela puder ver esse lado...Fui obrigado, se eu poderia ter impedido? Sim, poderia, contudo, algo estava em jogo ali. Não estávamos a falar sobre mim, estávamos a falar sobre Florence e o poder que ela tem sob o efeito e sob meus sentimentos. Se eu não deixasse, eles iriam atrás dela.

Florence Hemingway não sabia sobre esta parte, mas eu poderia apostar que seus pensamentos estavam a volta do ato que fui obrigado ceder.

Com um pensamento: Sem poder questionar, não aplicou-se, mas foi aplicado.

Isto não era uma mentira. Scott lembrava-me Dan. Ambos lhe davam escolhas que no final sábias que não havia o que escolher, realmente. De qualquer maneira você teria que ceder a estar em seu favor, querendo ou não.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora