Capítulo XXXXXXXI | Passion

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//PA•I•XÃO// 1 Sentimento tão forte quanto o amor, mas efêmero, provocador, impulsivo, desesperado, inquieto 2 Movimento impetuoso da alma para o bem ou para o mal 3 Gosto muito vivo, acentuada predileção por alguma coisa.

C A P Í T U L O   XXXXXXXI

Como conseguir explicar todas as sensações de um apaixonado em conjunto? Como encarar seus olhos e dizer o quanto os ama? O quanto presa por sua alma? Quando cheguei a essas questões eu já estava no fundo do poço, mas no seu fim, eu conseguia ver estrelas. Aprendi uma coisa sobre estar apaixonado e fora de si, esquecemos o mundo e o mundo se esquece de nós, as consequências vem como um destino, mas não são. São projetos de nossas escolhas e atos.

Havia algo que veria deste dia.
Um dia que quase descobriu que eu amava-te. Um dia que nos aprofundamos no esquecimento e nos mais intensos sentimentos.

...

“Duas almas com um mesmo pensamento. Dois corações que batem como um só.” Friedrich Nietzsche

Lembro-me exatamente da última vez em que o álcool dominou minha cabeça. Ele fizera-me dançar, falar algumas coisas sobre mim, fez-me cantar e dormir na casa de um rapaz que mau conhecia. Ele me beijou, levou-me ao seu quarto e permitiu que a garota desorientadas dormisse em sua cama. Não tocou-me. Não molestou-me. Apenas ficou ali.

Eu não sabia o que se passava nos pensamentos de Harry Styles naquele momento, mas apesar da sua constante irritação e palavras rudes naqueles dias, eu sabia que podia confiar nele.

Só não imaginei que esse sentimento pudesse ir tão fundo, fazendo-me...ama-lo.

Harry estava sentado ao meu lado no banco de trás do carro. Tinha os olhos vidrados de bêbado, nem queria imaginar como estava os meus. Seu sorriso era largo enquanto falava-me um pouco de si gole após gole. Dividia sua garrafa comigo e a puxava de volta assim que eu tentava vira-la. Não era uma boa idéia ficar bêbada assim, mas eu estava com Harry, o rapaz que havia acelerado meu coração de uma forma bonita e boa, não de forma dolorosa como seu constante batimento. Ele tinha tocado minha alma, e por isso e mais eu o amava.

— Não bebas assim. — Tira-me a garrafa com seu sorriso radiante. — Assim não sobra-me nada.

— Acho que estás bêbado o suficiente, e alguém tem que terminar essa garrafa. — Afasto suas mãos e ele encolhe seus olhos de forma engraçada.

— O carro é que vai acabar por terminar essa garrafa. — Abre seus olhos e eu rio-me, até perceber que quase estava a derrubar a vodka sob o banco. — Dê-me isso. — Tira-me das mãos. — Diz-me uma loucura que farias agora, sem ser derrubar isto no meu carro.

Eu rio-me da sua preocupação com um negar de cabeça.

— Acho que...eu poderia fugir.

— Para onde? — Franze.

— Talvez para Veneza, Amsterdã...Irlanda. — Dou de ombros e seu sorriso aumenta.

— Não é tão longe.

— Não sei se quero ir tão longe. — Olho-o e por fim retribuo seu sorriso confortante. — E você?

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora