Capítulo XXXXVIII | Feelings

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//SEN•TI•MEN•TOS// 1 ato ou efeito de sentir 2 estado afetivo que tem por antecedenteimediato uma representação mental3 disposição afetiva; sensibilidade 4 facto emocional 5 afeição; afeto 6 paixão; emoção; entusiasmo 7 mágoa; desgosto 8 intuição; pressentimento; palpite9.consciência; juízo 10 opinião; ponto de vista 11 convicção; ideia 12 conhecimento resultante de experiênciavivida; perceção 13 sensação 14 desejo

C A P Í T U L O  XXXXVIII

“O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.” Friedrich Nietzsche

Uma memória causada pelo efeito E39° pode causar enxaqueca, dores nos músculos, ranger de dentes, provocação de vômitos e tremedeiras. A princípio, a fraqueza não física, alimentava psicologicamente essas causas, a mente pesada ou confusa sobre alguns sentimentos que, segundo Scott, era o que proporcionava as mudanças no sistema ao injetar a substância.

Enquanto você contava-me sobre si, com um brilho nos olhos da recordação, e aquele encanto que fazia-me ficar travado no lugar, a substância que havia injetado-me naquela tarde estava a fazer efeito. Os sentimentos estavam confusos e as suas palavras entravam como recordações de algo que nunca havia acontecido entre a gente, mas que, consequentemente, estava prestes a acontecer.

Uma memória outra vez.

Um momento em que eu balançava-te e te beijava apaixonadamente.


— Está tudo bem? — Só então percebo que presciono as mãos contra a cabeça e que havia me afastado de Florence. Ela caminhou até a mim e pousou suas mãos sob o meu ombro.

— Foi só uma tontura. — Eu digo indiferente, sentando-me no colchão ao canto.

Florence olha-me confusa. Sua expressão muda para uma preocupada e pensativa, enquanto senta-se ao meu lado.

— Harry? — Ela chama-me e eu murmuro um pequeno sussurro para que continue. — Você tem alguma coisa? Estás doente? Não é a primeira, nem a segunda vez que isso acontece, certo? Aquele dia no café quando...

— Hey, calma. — Eu a interrompia com um sorriso brincalhão nos lábios que mais tarde, torna-se num sem humor e inexpressivo. — São muitas perguntas...— Eu deito-me para trás fitando o teto de madeira da casa.

Mas...Como explicar-lhe sobre este problema? Como falar sem mencionar seu início e porquês? Não havia maneira alguma de dizer que eu injetava-me uma droga desconhecida para controlar algo desconhecido no meu sistema, ou que não injetava-me exatamente, mas sim, era obrigado por alguém descontrolado por algo em seu passado, já que possivelmente ou não para o mundo, eu podia voltar a esta data.

Era complicado pensar em uma resposta, e eu estava tão envolvido que já pressentia que mais cedo ou mais tarde, Florence iria descobrir algo. O que eu tinha, devido a estes experimentos, ainda não era uma doença, mas estava a adoecer-me lentamente, e Florence já havia presenciado isso mais vezes do que até o Louis, que por falar nele, eu também não sabia como explicar-lhe que já começaram a injetar a E39° e os testes do Efeito.

Eu havia mentido e omitido para Louis, e contar para ele era mais complicado do que para Florence.

— Eu não estou doente, Florence. — Acabei por soltar. — Tenho isso algumas vezes...Mas estou acostumado. — Suspiro.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora