Capítulo IV | Immensity

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//I•MEN•SI•DÃO// 1 Imensidade 2 Extensão ilimitada 3 O espaço imenso 4 Infinito.

C A P Í T U L O    I V

"Existem coisas melhores adiante do que qualquer outra que deixamos para trás." C.S. Lewis

Apenas um deslize. Um pequeno escorregão e isso era o suficiente para que os seus miolos estivessem espalhados pela parede que segura as suas costas neste momento.

Enquanto Louis e Peters reviravam o apartamento de William Grove, a minha arma estava apontada na sua testa. O suor escorria pelos seus cabelos grotescos e oleosos.

O medo transparecia no seu olhar e rosto inutilmente nojento, como se já temesse o seu fim. E deveria mesmo o temer, afinal, ele não tinha muitas escolhas se o Louis ou o Peters não encontrassem algo de valor suficiente valioso para pagar a sua dívida.

É uma questão de sabedoria.

E você tem escolhas.

Você pode não meter-se com o Dan ou pode meter-se e a cobrança vai ser clara e cumprida. Se você é um drogado dependente ou um idiota assaltante naquela maldita cidade, você iria precisar dessas substâncias, drogas e armas, e o único quem podia oferecer era Dan.

William, mais conhecido por mim por quase violar a neta de Hershel, que ainda desconheço o seu nome, teve as suas escolhas, mas como todo idiota como eu, escolheu meter-se com o Dan. A diferença entre nós os dois é que ele ainda tinha as suas escolhas, pode pagar pelas drogas e sair do seu caminho. Talvez encontrar outro traficante ou até mesmo tratar-se.

Eu não tinha escolhas.

Eu era como o seu paciente prêmio. Era pesquisado e tratado, mesmo dolorosamente, eu ganhava em troca as minhas substâncias. Mas eu nunca poderia sair do seu caminho...E talvez, nem mesmo seja o maldito caminho do Dan ou Scott, mas de alguém desconhecido. Alguém que queria-me no passado e de todas as formas tentar impedir um acidente.

- Como vai a pequena? - Will diz sério com os seus olhos vidrados nos meus. A minha arma ainda continua apontada no meio da sua testa, enquanto eu solto suspiros frustrantes por ainda estar aqui de pé.

- Não sei do que estás a falar, Will, mas para o teu bem, fica de boca fechada. - Eu digo as últimas palavras devagarinho e com os dentes cerrados.

- Oh, não sabes? - O idiota ignora o meu aviso e eu confesso estar um pouco curioso, não sei mesmo de quem se tratava essa "Pequena". Contudo, esperei que este continuasse. - A garota que estava comigo na outra noite. Achaste que eu à iria violar. - Nega com a cabeça à rir-se e então eu me lembro.

- Se não estava prestes a viola-la, então o quê iria fazer?

- Tocá-la. - O doente dá de ombros e eu solto uma gargalhada. - Ela estava a gostar, até você chegares...

- Não. Ela estava assustada, vai por mim. - Solto um último riso abafado e ouço mais coisas a serem atiradas para o chão.

- Porque estavas preocupado? Era só uma garota...

- Eu não estava. Agora cala-te ou eu não vou ter pena de estourar os teus miolos contra essa parede. - Eu me aproximo, espremendo o cano contra a sua testa, sentindo o medo a sobrecarregar os seus olhos.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora