Capítulo XXXXXXXIV | Expecting

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[não corrigido]

//EX•PE•C•TA•TI•VA// 1 Ato ou efeito de expectar. = ESPERa 2 Esperança baseada em supostos direitos, probabilidades, pressupostos ou promessas 3  Ação ou atitude de esperar por algo ou por alguém, observando. = Esperança

C A P Í T U L O  XXXXXXXIV

H   A   R   R   Y

Nunca, em todas as voltas, havia parado para pensar no que Anne tentava demonstrar ao sentir-me por perto. Nunca parei para buscar por informações ou qualquer respostas para ela estar lá. Havia aquela parte em minha mente que queria ignorar mais problemas porque já havia o suficiente para se decepcionar com a vida. Então eu não buscava resposta para duvidas, eu buscava refúgio.

Sempre ao seu lado.

“Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.” Friedrich Nietzsche

Eu tinha um pouco mais vinte e cinco mil libras guardados em notas depois que tornei-me parceiro de Dan, mas não era por eles que eu revirava meu armário. Eu não queria comprar algo para Florence. Eu queria lhe dar algo especial com valor sentimental, uma vez que, os sentimentos mais secretos ainda iriam permanecer secretos.

O problema era que não havia uma coisa que eu poderia lhe dar. Eu pensei em meu violão, mas sabia que preferias um piano, afinal, sabes toca-lo. Também pensei em tocar a letra que vinha compondo, mas ela não está pronta e sinceramente precisava de algumas correções. Pensei em alguns livros e até flores embora o tempo não colaborasse com elas e o único livro que eu sabia que adoras era O Caçador de Pipas. Pelo menos eu achava ser este por ser o único que já tinha visto em suas mãos.

Enquanto eu revirava meu quarto, o velho baú ao canto chamou minha atenção. Claro que lá só havia papéis antigos que eu escrevi e nunca mais lera, uma vez que as memórias anotadas, estavam na casa da árvore que com o passar do meu amado tempo foram esquecidas. E foi lá que eu procurei por algo. Nada. Apenas mais e mais papéis. As deixei de lado e sentei-me no chão exausto.

Meu olhar caiu com os pensamentos longe em busca de algo, mas a data marcada a lápis, quase rala ainda identificável, no canto de alguns papéis captou cada célula atenta em meu corpo. As mesmas datas seguidas em várias páginas, algumas diferentes, mas com várias repetições.

Pequenas memórias de quando levei a papelada para a casa da árvore também vem em mente. Não havia levado tudo?

Eu sabia que quando eu voltava marcava as datas e o ocorrido, contudo, o dia ocorrido no passado nunca se repetia, e as anotações indicavam o contrário. As anotações estavam mais longas e não parecia ser antigas. Pego uma em especial que chama minha atenção por ter a data mais repetida em várias folhas.

Dez de Novembro de 2017.

Dez de Novembro de 2017.

Dez de Novembro de 2017.

Dez de Novembro de 2017...

Há mais de sete páginas com a mesma data. O mais estranho, ocorrido somente a três meses atrás. Poderia ser a anotações das memórias que tive com Florence desde o dia em que lhe conheci...ainda assim, não lembro-me de anota-las. Quando vou para ler a porta da sala é aberta com brutalidade seguida de vozes. Eu junto a papelada e me apresso para guardar.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora