Capítulo XXXXXI | Exception

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[Leiam a nota e comentem pf o capítulo, obg :))]

//EX•CE•ÇÃO// 1 Ação ou efeito de excetuar, de excluir 2 Ruptura de uma regra ou norma; desvio de um padrão estabelecido 3 Que não pertence ao todo 4 Condição ou situação privilegiada 5 [Jurídico] Mecanismo de proteção, ou de defesa, utilizado pelo réu com o propósito de anular os poderes do autor da ação ou de atrasar o seu prosseguimento.

C A P Í T U L O    XXXXXI

Já ouviste falar daquela frase onde diz que os sentimentos verdadeiros se manifestam mais por atos que por palavras? Bem, eu não me lembro do seu autor, talvez você possa se lembrar já que lê sobre tantas coisas, tantos filósofos, escritores e cientistas...enfim, eu não conseguia dizer-te sobre o que eu sentia por você, tocar-te e beijar-te era a única maneira de tentar mostrar eles. Mas eram nas oportunidades, onde eu descobria mais sobre si, que eu queria estar mais próximo para também fazer parte de você.
E eu faria qualquer coisa se isso mostrasse o quanto eu me importava contigo. Essa era a única maneira de demonstrar o que sentia.

Por enquanto.

“Os verdadeiros sentimentos se manifestam mais por atos que por palavras.”

Quando completei oito anos de idade o meu pai achou que um aparelho poderia entreter uma criança que passava por vários tratamentos. Deu-me então uma câmera fotográfica reveladora de época, e ele não havia se enganado.
Tirar fotos era o meu mais novo passatempo.

Eu amava o trabalho do meu pai, a maneira como fotografava a natureza e a sua incrível captura. Lembrava-me de que em seu escritório havia um mural de fotos de suas viagens a serviço, os olhos de uma pequena garota brilhavam com o que ele conseguia capturar. Sean O'Connell trabalhava e ainda permanece numa das maiores revistas de entretenimento e conhecimento do mundo. A New York Times gostava tanto de seu trabalho que após ele subir de cargo, meu pai conseguiu comprar uma parte dela. Na época foi a grande notícia. Minha mãe ficara feliz, houve um jantar comemorativo, promessas de viagens em família, risos e brincadeiras; entretanto também foi aí que mais impasses surgiu.

Mais viagens sozinho. Mais trabalho. Menos tempo para a família.

Ficamos apenas eu e minha mãe. Ela a me acompanhar nos tratamentos, eu a tentar arrumar um meio de falar com meu pai, mostrar como estava a ficar boa com a câmera que ele já nem se lembrava que havia dado-me. O curto tempo que ele passava em casa era preenchido por discussões com minha mãe. A ignorância perante à mim para dar atenção ao seu trabalho era frequente e, assim como minha mãe, aos poucos fomos esquecendo do que tínhamos com ele. Eu com um aparelho no peito para controlar meus batimentos cada vez mais prejudicados devido a fortes emoções psicológicas por preconceito, rejeitos e desprezo. Minha mãe com um cigarro nas mãos por depressão e por ama-lo tanto.

Algumas fotos reveladas da câmera antiga me permite lembrar de Elizabeth O'Connell, dos seus traços tão semelhante aos meus, do seu sorriso cheios de segredos, escondendo uma tristeza nostálgica por trás destes e um olhar carregado por um oceano de emoções. Seu corpo estava mais magro por deixar de se cuidar quando meu pai deixou-nos, mas ela ainda estava ali, tentando ser forte, cuidando de mim e do seu jardim. Amava aquela fotografia. Havia também algumas mais antigas, onde um pai sorridente beijava sua mulher com um amor incondicional, e era nestes momentos que eu me perguntava como ele pode deixa-la ir pelo seus braços.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora