[Consegui publicar, desculpa pela demora. Eis aqui mais um capítulo, espero que gostem e conto com vossos comentários! ♥]
//ES•CU•RE•CER//
C A P Í T U L O IX
"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar; mergulho em profundo silêncio e eis que a verdade se me revela. - Albert Einstein.
Relâmpagos e trovoadas faziam o seu trabalho no céu. O iluminava com pequenos e grandes flexes de luzes, cortando-o em raios, como 4 de julho na América.
Os nossos sapatos batiam nas poças, fazendo os seus barulhos molhados ao serem precionados na lama que se formou. A chuva ainda era intensa e não tinha piedade em molhar nossas roupas e atrapalhar a nossa visão.
Os jeans da calça da desconhecida ao meu lado, colou-se em suas pernas encharcadas, dificultando os seus passos pesados. Eu abrandei os meus quando percebi que o seu "ataque", como eu chamava a sua respiração descontrolada, dificultava o seu peito que subia e descia de forma acelerada.
Ainda me perguntava o quê ela tinha, assim como também, me perguntava quando chegaríamos a casa do seu avô para abordá-la com as minhas questões. Eu tinha o direito de saber as suas respostas, tinha o direito de saber qual é o nome da garota que vivo a tirar de problemas e qual motivo do seu coração quase saltar pela boca.
Isso tudo não seria, de todo, medo.
Ao perceber que a chuva não ia passar tão rápido e que ainda nem havíamos encontrado o fim de Holmes Chapel, olhei a minha volta, tentando encontrar algum abrigo. Sem sucesso, o meu olhar caí no ferro-velho. Antes de atravessar a rua, seguro no braço da minha companheira de chuva, fazendo o seu olhar confuso encarar os meus olhos.
- Podemos pegar algum carro ali...- Aponto e ela segue o meu dedo indicador. - Ou não vamos conseguir chegar tão cedo até a casa do teu avô.
- Não seria...roubo? - Olha-me com a testa franzida, eu apenas encolho os meus ombros, puxando o seu braço.
- Vem...- Digo por fim.
A cerca velha que protege o terreno bagunçado, não impede que eu o escale para poder entrar. Devido ao abandono e o descuido, a cerca de metal está enferrujada e escorregadia da chuva que persiste em cair.
Coloco uma mão de cada vez, levando consigo o meu corpo para cima e subindo até a borda, passo uma perna de cada vez para o outro lado e começo a descer. Um pequeno arame solto e pontiagudo, desliza pelo peito da minha mão, deixando no seu caminho rasgado, um rastro de sangue.
- Merda! - Murmuro, cerrando os meus dentes. A dor profunda causada pelo arame não foi tão dolorosa quanto o quê sou acostumado a sentir, mas ainda sim à sinto.
Acabo de descer com um salto e corro até o porta para abri-la. A velha cerca com minúsculas grades entrelaçadas, não permitia que pudesse ser aberta do lado de fora, mas eu, como um errante ao lado de Louis, conhecia muito bem o lugar para saber que era preciso pular a cerca para abri-la. Tirei o cadeado que nunca fora fechado devido à ferrugem e a neta de Hershel entrou com algum receio, mas ela sabia que não havia forma de ir a pé com a chuva.
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The Butterfly Effect | H.S
Ficção Adolescente" O simples bater de asas de uma borboleta pode desencadear um tufão do outro lado do mundo. " - Teoria do Caos. A vida podia ser injusta as vezes... A vida lhe deu uma doença desconhecida, drogas, armas, discussões, brigas, pesadelos, perturbações...