//PU•RA//1. Sem mistura; límpido; genuíno 2. Virginal; imaculado; inocente, cast 3. Verdadeiro; exclusivo; natural; único.
C A P Í T U L O XXXV
“Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito” William Shakespeare.
Os seus lábios macios e saborosos em torno dos meus tinha o gosto ainda fresco à álcool. Uma completa mistura de vodka e Whisky. A constante sincronia de nossas línguas em um ritmo lento e ansioso. Beijar seus lábios era tão viciante quanto a morfina, a nicotina, o álcool e qualquer outra substância que corria em minhas veias.
O cigarro fora amaçado em minhas mãos, mas nem mesmo a ardência do calor ou a queimadura que este causou na palma, pôde tirar a atenção que eu depositava em Florence. Não conseguia tirar o foco dos meus lábios nos seus ou o foco dos meus pés que insistiam com o imenso desejo em levá-la, preciona-la em algum canto.
A minha mão apertou a sua anca, arrancando-lhe um gemido dos lábios. Levei Florence com a pressão do meu peito no seu até o balcão. A mão boba derrubou alguns dos copos ao chão, fazendo o som estridente deixar escapar um riso bêbado e abafado dela. Pensei no prejuízo que Louis poderia levar com os cascos, copos, que foram quebrados. Pensei sim...mas não me importava realmente.
— És uma desastrada...— Sussurrei no seu sorriso.
— Desculpe. — O seu pedido fez-me sorrir de lado e parar de beijá-la apenas para encarar seus olhos, sua expressão inocentemente.
Alguém que chegasse ao bar no momento em que Florence dançava daquela maneira, aliás qualquer um, não a veria da maneira que eu a via. Não encontraria a Florence segura de suas palavras porém tímida ou a Florence que apesar de inalar a nicotina é tão pura quanto uma flor não cativa. Teria a visão de uma Florence sedutora, sexy...e nada de inocente.
Como poderia agora eu a ver pedindo desculpas depois daquela cena? Como poderia ela, no seu estado alcoolizado, com a sua dança sedutora pedir desculpas em meio ao beijo caloroso?
— Vem... — Puxei a sua mão, a levando para a porta dos fundos.
Se me pegasse a pensar no porquê Florence me atraía tanto a uma semana atrás, diria ser a sua natureza inocente, a sua personalidade única, a sua diferença entre tantas. Mas naquele momento, o momento em que fechava as portas dos fundos enquanto subia os vinte e três degraus com a mão entrelaçada com uma tão sensível e macia, com a mão da garota de olhos azuis cinzentos, percebi que não era esses os motivos reais pelo qual eu sentia-me atraído por ela. Eu poderia conhecer mil e uma garotas puras, incrivelmente inocentes e tímidas quanto Florence, mas nunca poderia ser o caralho idiota, rude, perseguidor e encantado por elas como eu era por Florence Hemingway.
Fechava a porta atrás de mim com o pé. Um rastro de beijo foi deixado na nuca entre os cabelos cor de mel. Florence ainda usava o mesmo perfume à Cherry Mousse de costas para mim. As minhas mãos deslizaram pelas suas costas e eu continuei a levá-la para uma única direção.
Não me importava se Florence se encontrava no seu estado fora de controle. Apesar de estar consciente de meus atos, não processava o álcool que corria por suas veias ou nas minhas. À queria para mim. Tanto para mim.
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The Butterfly Effect | H.S
Teen Fiction" O simples bater de asas de uma borboleta pode desencadear um tufão do outro lado do mundo. " - Teoria do Caos. A vida podia ser injusta as vezes... A vida lhe deu uma doença desconhecida, drogas, armas, discussões, brigas, pesadelos, perturbações...