Capítulo XXIII | Meet

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//CO•NHE•CER// 1 Ter noção ou conhecimento de; saber 2 Ser muito versado em; saber bem 3 Travar conhecimento com 4 Reconhecer

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//CO•NHE•CER// 1 Ter noção ou conhecimento de; saber 2 Ser muito versado em; saber bem 3 Travar conhecimento com 4 Reconhecer.

C A P Í T U L O XXIII

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.” - William Shakespeare

Uma vez minha mãe disse-me coisas sobre anjos. Sobre sua proteção e como estão sempre ao nosso redor.
Disse-me que cada um tem o seu protetor, como dizem, o seu anjo da guarda. Quando atiraram-me a floresta, depois de mais testes tortuosos, as minhas vistas estavam nubladas, mas lá estava alguém que caminhava pela aquela relva.

Era a Florence.

E parecia um anjo.

Os seus olhos estavam esbugalhados e eu percebi como ela teve receio em ajudar-me antes da Van desaparecer na estrada. Mas apesar de lá estar agaixada ao meu lado, segurando o meu ombro e tentando levantar-me, eu tentei afastar-me dela.

Florence parecia um anjo com aqueles seus cabelos cor de mel em ondas bagunçados e cumpridos, as mãos preenchidas com alguns anéis, grandes como os meus. Vestia um vestido branco aos joelhos por debaixo daquele sobretudo quente, e as flores padronizadas neste, mantia uma combinação com a coroa de pequenas flores em tons de amarelo claro e azul bebê na sua cabeça, sobressaltado os seus grandes olhos.

Ela tinha um estilo único, algo que chamava atenção de todos em Holmes Chapel e eu só percebi quando à observei de longe nestes dias em que afastei-me. Mas...Deuses, ela estava linda agora.

Ela certificou-se de olhar para cima da barrancada por onde rolei, com receio de que alguém por aí, aparecesse. Não esperei que está fizesse algo à mais, nem queria ouvir suas palavras. Eu queria me afastar de Florence, porque sentia o meu estômago a dar voltas, a dor na cabeça mais intensa depois daquela dose à mais e sentia que iria ter mais uma memória.

Só que ela nunca veio naquele momento.

A única coisa que veio foi Florence.

E apesar de já estar a alguns passos afastados dela, passos apressados por falar, senti meus ombros tensos ao sentir um toque quase tão intocável como de um fantasma, mas senti. Eram as pontas delicadas dos dedos de Florence. Eu virei-me com um suspiro, encarando a confusão no seu olhar, que não sabia se deveria dizer algo ou continuar com a ignorância que temos andado a fazer.

Ela molhou seus lábios e olhou para trás, buscando por algo ou palavras, antes de voltar-se para mim e deixar sua suave, com um tom diferente, - que enviava arrepios pelo meu corpo - voz sair:

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora