Capítulo XXX | Protocol

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[gostaria mesmo que comentassem o capítulo ♥]

//PRO•TO•CO•LO//

C A P Í T U L O XXX

As minhas mãos seguravam a sua cintura com firmeza e os olhos presos um no outro. Talvez fôssemos orgulhosos demais para admitir para nós mesmos o desejo que possuíamos. Ou talvez, fosse só eu.
Mas eu não ligava. Com a maneira que ela estava sob mim, mesmo depois de momentos irritantes, eu só queria sentir os seus lábios contra os meus novamente.

Mas é claro que Louis estaria lá com o seu sorriso idiota, expressando o quanto ele 'admirava maliciosamente' ou orgulhosamente o momento e a maneira como estávamos. Florence atrapalhou-se ao levantar-se, buscando apoio em seu cotovelo, mas acabando por desequilibrar e meter seu joelho contra a minha virilha, e por instinto coloquei minha mão como se fosse tirar alguma dor.

Merda...— Fechei meus olhos.

— Oh meu Deus! Desculpa. — Arregalou seus olhos, tentando não olhar para o meio de minhas pernas com suas bochechas coradas. Ouvi o riso de Louis.

— Acertaste em cheio, Florence. — Gargalhou, erguendo sua mão para esta se levantar. Eu o olhei com tamanho olhar de morte e, bem o Louis apenas revirou seus olhos para mim.

— Uhm, Olá Louis. — Tentou sorrir Florence apesar do momento constrangedor.

— Eu não queria atrapalhar o vosso momento, mas não sabia que estariam tão, uh, próximos atrás da porta. — Mordeu seus lábios, bloqueando algum riso, mas eu ainda tenho uma imensa vontade de bater-lhe. — Desculpa.

— Oh, não foi...nada. Na verdade, eu estava de saída.

— Ah sério? Não ficas para jantar? — Louis tentava com o seu grande sorriso que fazia Florence devolvê-lo por simpatia, fazendo-me revirar os meus olhos. Os dois eram tão irritantes e patéticos que não aguentei e acabei por bufar a frente dos dois, chamando ambas as atenções.

— Eu gostaria mesmo Louis, mas já está tarde e o meu avô vai matar-me. — Disse ela, usando palavras tão forte para uma voz tão delicada, digna de pureza e sensibilidade. Entretanto, a palavra certa era: inocência.

— Está frio e escuro lá fora, não deverias ir sozinha. — Continuou o moreno de olhos azuis. Eu revirei meus olhos finalmente entrando na conversa.

— E ela não vai.

...

Florence tinha sobre o seu próprio casaco o meu sobretudo vestido, que depois de muita insistência consegui finalmente fazê-la vestir. Mirava sempre ao chão e a sua frente na estrada, o vento frio com neve embatia em nossos rostos, deixando nossos cabelos confusos em que direção ficar. Apesar do clima de irritação que a momentos nutriamos um pelo outro, a presença de Louis e a troca de olhares, tirou-nos este sentimento. Eu ainda queria relembra-la do que uma marca em seu pescoço significaria, mas não havia mais aquele momento, e não tinha o porquê de lhe dizer, foi só um... acidente.

Não fora propósital a marca que lhe fizera. Nem mesmo tinha dado por mim quando aconteceu. Mas havia tirado vantagem para irritar Florence com isto, já que a sua justificativa era justamente porque achava que nós nos beijavamos por eu achar que ela era minha. Pelo contrário, nunca havia pesando por este lado, apenas o fazia porque havia senas a consumir-me, desejos incontroláveis e impulsos institivéis. Queria apenas perceber o que se passa comigo. Tinha agora, uma vantagem para com Florence.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora