Capítulo XXXXX | Look

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[Desculpem a demoro e, infelizmente, não posso compensar dessa vez com dois capítulos seguidos, mas 4086 palavras compensam, uh? ♥]

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//O•LHAR// 1 Ato de olhar 2 modo de olhar 3 Aspecto dos olhos 4 Fitar os olhos em; ver; encarar 5 Contemplar 6 Cuidar de 7 Exercer vigilância ou cuidado sobre 8 Observar; notar 9 Ponderar; atender 10 Dirigir a vista, Fazer por ver, carar, considerar
11 Estar voltado, Estar fronteiro.

C A P Í T U L O XXXXX

“ As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar” Leonardo da Vinci

Olhar para os seus olhos era como aprofundar-me em um mar de sensações misteriosas, uma delas porque o efeito tinha este efeito em mim. Faíscas se acendiam e sensações indescritíveis por todo meu corpo se alastravam; e eu amava mergulhar neste oceano, Floren.

F L O R E N

Eu estava agaixada entre flores no fundo do quintal a frente do rio. O vento de primavera inesperado levava alguma de suas flores de um lado para o outro, e isso era tão estranho. Acontece que era para estar inverno ainda, mas as mudanças no tempo estavam tão estranhas que até mesmo se ouvia os comentários pelas ruas de Holmes Chapel. Meu avô disse que isso vem de algum tempo, pois desde que voltou para a Inglaterra não conseguia entender este tempo que parece piorar a cada data, e isso estava a prejudicar seu trabalho.

A câmera descansa ao meu lado enquanto corto alguns ramos que morreram, e dói o peito só de deita-las fora quando nem mesmo estava na hora de se murcharem. São flores silvestres invernais então era suposto suportarem o tempo, contudo este era o problema. O tempo estava louco. Fazia algum sol e havia alguns botões de primavera. Limpei o suor que escorria de minha testa e encarei o rio denso a minha frente, acabando por sentar-me para trás. O gelo também estava a derreter mais rápido do que o normal e eu me pego a pensar em alguns dias atrás quando cai neste e Harry me ajudou. Harry, suspiro, estava lá novamente para mim e, quase deixo um sorriso transparecer em minhas feições com a lembrança de sua mão a segurar a minha, apenas para que eu não voltasse a escorregar na banheira. Estava tão embriagada de sono...

— Florence? — Meu avô chama-me na varanda. — Teu pai está no telefone.

— Então diz que não estou. — Com um suspiro à espantar os pensamentos em meu pai, eu capturo uma foto das pobres flores murchas.

De relance, vejo quando meu avô apenas pensa por alguns segundos enquanto observa as flores que tiro as fotos, mas depois desse pequeno tempo ele assenti e volta-se para dentro. O meu avô não se dava muito bem com meu pai, parte porque ele deixou a mim e minha mãe sozinhas quando era pequena, e parte porque nunca chegou a ser tão próximo dele, mas as vezes eles conversavam como pessoas normais. Minha mãe dizia que antes de nascer, eles não visitavam muito meus avós. Minha vó era sempre doce, mas meu avô e meu pai discutiam por motivos bobos; entretanto, quando nasci, pareceu que isso os aproximou um pouco.

O meu avô demora lá dentro e eu acabo por levantar-me. Caminho até a varanda quando o ouço ainda ao telefone.

— Dê um tempo à ela...— O ouço. — Não funciona assim, Sean. O que vais fazer? Vir até aqui e obriga-la?!

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora