Capítulo XXXXXXXVII | Discussion

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[Sem corrigir.]

//dis•cu•ssão// 1 Desentendimento; ação de defender uma opinião contrária a outra 2 Debate; conversa polêmica em que cada pessoa é responsável por defender seu ponto de vista 3 Análise detalhada feita de modo a demonstrar os prós e os contras de um assunto, um problema, uma teoria, uma questão 4 Ação ou efeito de discutir, de examinar, de contestar.

Por que tudo tinha de ser tão complicado? Por que era tão difícil dizer o que eu sentia por ti? Por que era tão difícil controlar-te para tua segurança? Tudo o que eu queria era que a cabeça se acalma-se, pois eram tantas coisas para se preocupar. O fato de ires embora deixava-me desamparado dos sentimentos, frio e sem sentido; o fato de ficares fazia-me ter de ficar atento com sua segurança, mas sua teimosia era mais persistente. E o fato de teres te marcado, fazia-me temer o pior de mim, quando a brutalidade acontecia com garotas que eu simplesmente usava em uma noite no bordel ou na Springsteen. Mas nunca deveria ter acontecido com você. Não assim, não quando és você quem acalma meu coração, não quando é você que faz-me tentar dar o melhor de mim.

Com tantos pensamentos, eu precisava de acalmar sem ti, sem magoar-te novamente. Mas não era este o efeito que a pílula tinha o propósito em fazer.

F    L    O    R    E    N

“E ainda não és livre, ainda procuras a  liberdade. As tuas buscas fizeram-te insone e inquieto de maneira excessiva.” Friedrich Nietzsche

As mãos apertavam com força minha anca. Os movimentos eram rápidos e brutos. Não notei isso. Eu parecia estar tão fora de mim quando tudo a minha volta se refazia lentamente. A chuva voltava, seu suor... Uma das folhas que nem notei ter caído volta lentamente para a cômoda. Ele debruçou-se sobre mim.

Mesmo com a lentidão das batidas interrompidas, mesmo com o olhar preso à janela com tanto fascínio...

Eu o ouvi dizer algo.

...

Abro meus olhos para me deparar com a escuridão. Passo minha mão ao lado sob o colchão, mas não encontro ninguém. Levanto minhas costas e olho ao redor confirmando mesmo ainda estar no quarto de Harry. Meus cabelos caem sobre minhas costas nuas quando levanto-me da cama, enrolo o lençol em meu corpo e meu olhar cai na comôda.

Coro-me ao lembrar o que fez toda a bagunça espalhada ao seu redor. Coloco meu cabelo atrás da orelha quando este ameaça cair em meu rosto logo que eu me abaixo para pegar nas coisas ao chão. Junto as anotações e papéis em branco, canetas e lápis, e coloco de volta a cômoda.

Uma sombra se faz ao chão com a luz da lua que provém da janela. Asas de uma pequena criatura. Eu olho em sua direção e encontro a borboleta azul pousada na janela, mexe constantemente suas asas molhadas. Então eu lembro-me do que eu vi antes de apagar. Mas não pode ser verdade. Talvez eu só estivesse...alucinando com tudo o que eu estava a sentir no momento.

Volto a arrumar a cômoda e uma anotação em especial chama minha atenção. Pequenas notas em negrito sobre as letras apontam que a anotação na verdade era uma composição.

How can I let it go and feel how you feel?
How I can let you know and never feel your beat... again.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora