//DE•SA•PON•TA•MEN•TO// 1 Surpresa desagradável (ao dar-se com o contrário que se esperava) 2 DECEPÇÃO, DESILUSÃO 3 Despeito.
C A P Í T U L O XXXXXXIX
“Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos” Confúcio
— Eu sou a porra do namorado dela!
Quando Harry diz essa frase, mesmo com suas palavras grosseiras e arrogantes, carregada de raiva com seu olhar negro e suas mãos em punhos, eu sentia meu coração vibrar. Talvez por causa da Arritmia, mas eu sabia que parte era porque ele disse que era meu namorado.
— Namorado? — Sam olha-me e eu sinto meu coração voltar a fundar por não ter-lhe dito antes. Eu não sei o que fazer, o que dizer. Não sei se afirmo o que nem mesmo eu sabia ou se tento acalma-lo.
— Sim, porra. Estás a duvidar?! — Harry o ameaça com um passo e eu sou rápida em segurar em seu ombro.
— Harry deixa-o por favor! — Paro-o.
— Florence? O que está acontecendo?
— Eu sinto muito, eu ia contar...— Me aproximo de Sam, mas é Harry quem o impede.
— Não se aproximes dela! — Avisa para logo voltar-se a mim e fechar seus olhos com força. — Foda-se, quem é ele?! — Range seus dentes e segura em meu braço, Sam se aproxima e Harry vira-se tão rápido quando este diz: — Solta ela!
E então acontece, Sam puxa-lhe seu ombro e Harry solta todo o controle que estava a ter até aqui. Está a dar um soco em seu nariz, o fazendo tropeçar para trás com a mão no mesmo, caminhando em sua direção e Sam o encara, mas antes que a luta se torne pior eu entro no meio.
— Parem os dois! — Levanto minhas mãos.
— Como você pode estar com...isso?! — Nega Sam inacreditável e Harry cerra seus punhos.
— Eu ia contar, eu precisava conversar...— Dessa vez é Harry e as lágrimas quem interrompe-me.
— Foda-se! nós é quem precisamos de conversar! Ele beijou-te porra! — A voz aumenta de um tom que transmite algum medo em minhas entranhas.
Ele está fudidamente zangado.
E meu coração está descontrolado.
Fecho meus olhos com força. Deixo as lágrimas transbordarem. Sam vê e tenta se aproximar, mas Harry corta-lhe sua frente e segura em meus ombros. Suas pupilas já não estão dilatadas, preocupação lhe atinge e ele nunca deixa de olhar em meus olhos.
— Tudo bem, está tudo bem, tudo bem...— Ele repete, sem deixar meu olhar e eu abaixo os meus com as lágrimas fora de ritmo. Sua mão toca-me o rosto e limpa delicadamente minhas lágrimas. — Vamos embora, por favor...Conversar, explicar-me...— Pede em voz baixa, tentando não olhar Sam, tentando não perder a paciência que ele não tem. Tentando controlar. Eu fecho meus olhos com sua aproximação.
— Ele não sabia...
Harry solta fortes respirações e eu conto mentalmente até que ele puxa seus cabelos com força. Não havia outra maneira. Harry controlava-se, mas eu podia imaginar o que ele estava a sentir, e mesmo sem saber ao certo o que havia entre nós, ainda buscava respostas, justificações. E apesar de não saber que tipo de relacionamento era o nosso, eu sabia que uma explicação eu lhe devia. Pedir para que pudesse conversar com Sam era demais, mas eu também precisava.
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The Butterfly Effect | H.S
Teen Fiction" O simples bater de asas de uma borboleta pode desencadear um tufão do outro lado do mundo. " - Teoria do Caos. A vida podia ser injusta as vezes... A vida lhe deu uma doença desconhecida, drogas, armas, discussões, brigas, pesadelos, perturbações...