Capítulo XXXXXIII | Analyze

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[Capítulo fofinho ♥ (obs: no final, aquele ciúmes do Harry ♥]

//A•NA•LI•SAR// 1 fazer análise de; separar (um todo) em seus elementos ou partes componentes 2 investigar, examinar minuciosamente; esquadrinhar, dissecar 3 realizar a análise, a avaliação de outrem ou de si próprio.

C A P Í T U L O   XXXXXIII

Sabe o que é amor infinito? É aquele que mesmo com problemas, ciúmes, inseguranças, distância… consegue crescer ainda mais a cada novo dia.” Lule Karalkovas

Formigamento era a sensação que eu sentia sob meus músculos. Os meus olhos ainda se encontravam fechados, mas foi esse incômodo, como se o sangue não estivesse a circular em meu corpo e todo o peso estivesse depositado sobre ele, que fez-me precionar minhas pálpebras com força para depois abri-las. O cômodo estava escuro, mas ainda assim reconheci o meu quarto.

Levantei-me então, no impulso. Puxei meus cabelos ao lembrar de que havia feito mais um teste para Scott voltando ao dia em que estive doente no café. Balancei minhas pernas pesadas fora da cama, tentando livrar-me da sensação de estar tão fraco. O sangue circula e eu me pergunto quanto tempo estive a dormir. Logo saio da cama a procurar pelas anotações. O baú se encontra vazio assim como a cômoda. A insegurança e preocupação me abate novamente quando me pego a imaginar Dan Woodham a lê-las.

— Não, porra...— Murmuro, abrindo gaveta por gaveta procurando pelas folhas rabiscadas, mas não encontro nada além das composições.

Quando corro para a cozinha sou surpreendido por ver minha pilha de anotações em cima do balcão, há também uma pequena maleta de couro preta com uma carta amarela acima. Eu franzo, mas ao abrir reconheço o experimento E39°, as seringas e as agulhas; também há um par de luvas brancas. Acabo por fecha-la e pego na pilha de anotações conferindo cada data. Ao que parece, estão todas aqui. É a grande confusão expressa em meu rosto que mostra o quão eu estou atrapalhado sobre Scott deixar isso. Ele não ia deixar assim de bandeira. Folheio mais uma vez e um envelope branco e amassado cai no chão. A fotografia batida sobre o estaleiro no grande Rio Tâmisa de Londres ainda está ali, assim como a carta do misterioso Lee que manda cartas para Florence. Eu só espero que Scott não tenha dado atenção a isso.

Eu olho o relógio e vejo que são quase dez da noite. Não posso acreditar que tenha passado tão pouco tempo desde que voltei, aliás, não posso acreditar que o relógio esteja mesmo certo. Tenho a certeza de que neste horário eu estava aqui com Scott. Pego em todas as anotações, a carta amarela e a pequena maleta. Desço escada abaixo com pressa.

A luz do bar está acesa quando olho pela vitrine da porta dos fundos, me apresso para entrar e encontrar Louis atrás do balcão, enquanto limpa o local.

— Louis? — Chamo sua atenção, e este me olha com surpresa.

— Meu Deus, até que enfim acordaste! Achei que irias acordar e não se lembrar de mim como quando...deixa pra lá. — Nega com sua cabeça falando rápido demais, mas nem mesmo sei se entendi alguma coisa.

— Onde estão todos? O que aconteceu quando voltei?

— Você apagou ontem quando voltou e permaneceu assim até este momento. — Ele diz e eu franzo.

Como assim ontem?

— Não foi ontem, foi algumas horas atrás...— Eu tento lembrar-me, enquanto coço minha nuca. Não dormi esse tempo todo.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora