Capítulo XXV | Aware

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[HSCN do Nirvana, música do Harry que faz lembrar Florence, coloquem qnd acharem melhor ♥]

Here She Comes Now - Nirvana

//CONS•CI•EN•TE// 1 Que tem consciência 2 Conhecimento, noção 3 Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade 4 Percepção imediata dos conhecimentos e da própria atividade psíquica

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//CONS•CI•EN•TE// 1 Que tem consciência 2 Conhecimento, noção 3 Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade 4 Percepção imediata dos conhecimentos e da própria atividade psíquica.

C A P Í T U L O XXV

"Esta consciência, que faz de todos nós covardes." William Shakespeare

O barulho foi um só ao ecoar pelas paredes gastas à cimento do beco escuro. O estrondo do corpo a ser atirado ao chão já sofrido e torturado.

E então, eu soube que o homem que fora violado, estava morto.

Eu não fiquei para ver como Bob deixou seu dedo escorregar pelo gatilho, deixando a bala infiltrar a nuca do homem, cujo teria estuprado sua filha. Eu não fiquei para ver como foi a reação de Louis ou mesmo de um garoto como Matt. Não vi como seus olhos quase saltitaram de suas órbitas, ou como ficaram chocados com a cena diante deles. Eu, novamente, não fiquei para ver aquela merda doentia e sem piedade, porque eu estava a ir atrás de alguém.

Alguém que não deveria ter visto o que aconteceu.

Quando eu deixei a porta dos fundos bater, logo que aconteceu o disparo, eu não pensei duas vezes se não em segui-la. Dentre os corpos que tapava a minha visão, eu persistia os afastando do meu caminho, sem nunca desviar os olhos do brilho de seu cabelo no meio daquela pista. Sentia as voltas no estômago e a cabeça inchada por dentro, era o conjunto de pressão psicológica e dos atos que vi.

Que eu nada poderia fazer.

Eu podia sentir o olhar pesado de Peters nas minhas costas, perfurando-a com alguma raiva, algum desaponto, talvez porque Dan o teria mandado atrás de mim e assim, não ficou para ver o final do show. Mas ambos sabíamos qual seria o seu fim e a arma a ser disparada na nossa saída, foi o ponto final de todo desespero do homem nu no chão.

Peters seguia-me entre a multidão com mais alguém dos parceiros de Dan, mas eu não me importei com o seu estado. Eu estava preocupado e este sentimento era novo, mas mais do que um sentimento de culpa por deixar aquilo acontecer, era a preocupação pela pessoa que era eu agora para Florence. Afinal, dessa vez eu realmente participei da merda.

Eu já tinha participado de tudo. Já tinha visto mortes, torturas, provocações, participei de assaltos, mas nada foi tão chocante quanto fazer parte daquilo. Quanto deixar Florence ver e o pior era que o seu olhar chocado, assustado, surpreso, não saia-me da cabeça.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora