Capítulo XXXIV | Somebody

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[Mídia/Trailer da TBE]

//AL•GUÉM// 1 Pessoa de relevo 2 Alguma pessoa, à quem se refere.

C A P Í T U L O   XXXIV

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.” - Friedrich Nietzsche

Eram 07:45 PM quando eu me encontrava a menos de um quilômetro de distância da propriedade de Hershel. As minhas costas estavam pressionadas contra a porta do meu Impala. Manti os braços cruzados a espera das oito em ponto.

Eu ainda não tinha idéia do lugar que levaria Florence para comer em uma cidade da região tão merda quanto Holmes Chapel. Mas lá estava eu em uma camisa branca social, que segundo Louis, seria o visual perfeito para sair em um encontro - Mesmo que não seja um...- e com muita insistência da parte deste, eu o fiz, contudo, não pude deixar de usar as minhas botas, meus anéis, as calças skin's...

O meu celular vibrou em meu bolso, despertando-me dos meus pensamentos. O agarrei percebendo ser uma chamada de Louis. Revirei meus olhos, logo que já previa o que este iria dizer. "Não faças asneiras...", "Não a trate como trata os outros", "Tenta ter paciência e seja legal..." Coisas que de maneira alguma eu faria com alguém, quanto menos uma garota...

— O que foi agora? — Questiono com impaciência. - Algo que ele pediu para ter, mas...não exatamente com ele. - Já podia prever o seu revirar de olhos.

O Tyreese ligou-me. — Puxei meus cabelos, esperando que este acabasse por gritar o porquê merdas não abri o maldito bar ontem. — Perguntou-me porque não abri o bar. — Fez uma pausa. Talvez esperasse que eu diria alguma coisa, e eu deveria, mas durante um curto silêncio, resolvi testar-lhe a sua paciência com um sorriso irônico nos lábios.

— E? — Insisti.

Por que merdas não abriu o bar ontem?!

— Okay, acalma-te. — Disse-lhe ainda com o maldito sorriso, que acabou por se tornar em um pequeno riso ao qual Louis ouviu.

Não te rias, porra. — O imaginei a esfregar seus olhos em irritação e controlei-me. — Ele pensa que eu estava doente. Merda Harry, precisas de abri-lo hoje.

— Não era você que disse-me que  tenho um encontro? Pois é, tenho agora a porra de um encontro, vestido a social e tudo. Diz-me, como queres que o abra? — A minha voz suou autoritária agora, mas o vento que embateu em meu rosto, fez-me abrir o carro e fechar-me lá dentro. A neve começa a cair com rajadas deste vento frio e eu reviro os olhos com a merda de tempo que fui escolher sair.

Não sei! Podes ir à algum lugar perto e depois voltas para o bar. Só preciso que não demores porque o Tyreese pode ver a ausência de movimento no bar.

— Tudo bem, porra! — Puxo meus cabelos sentindo uma leve irritação pelo maldito tempo e pela mudança de planos. O problema seria agora em que merda de lugar a levaria... Entretanto, não posso zangar-me com Louis, a culpa não fora dele. Se tivesse aberto o bar na noite passada talvez Tyreese não se preocupasse em vigia-lo hoje.

Louis acaba por encerrar a chamada sem mais ou menos palavras, e o ato fez-me pensar que talvez não devesse agir como um idiota para com ele. Mas não importava o que eu sabia que Louis era para mim, eu estava sempre a ser um maldito amigo. Nem mesmo parara para pensar que amanhã lhe era um dia mal. Um dia que o deixava pensativo, tenso e triste por memórias e lembranças que não podia deixar de pensar. Era um dia que veria ao longe pessoas que ainda o ama apesar do sofrimento, pessoas que este não podia sequer dizer olá.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora