Capítulo VII | Preoccupation

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[Leiam a nota final, por favor, obrigada ♥ ]

//PRE•O•CU•PA•ÇÃO// 1 Idéia fixa e antecipada que pertuba a mente 2 Prender a atenção de. 3 Inquietação proveniente dela.

C A P Í T U L O VII

"A ingenuidade é uma força que os astutos fazem mal em desprezar."
Arturo Graf

O pai de Dan Woodhan era um maldito traficante assassino que ardeu em chamas até a morte, no dia do acidente em que minha mãe também se foi.

Rogers Woodhan matou a própria esposa com vinte facadas no peito. Apesar da violência que Dan assistiu enquanto crescia, ele viu algo em seu pai que uma criança normal temeria em fazê-lo.

Ele o admirou.

Ele viu a porra de uma simpatia ou admiração pelos atos do pai, deixando o seu olhar vidrado na cena de sua mãe, deitada no chão da sala, sendo esfaqueada. Dizem que na época Dan tinha 7 anos e mesmo que fosse tão jovem e pequeno, ganhou o olhar frio diante da cena a sua frente, talvez aprendendo com o seu pai o quê seria o seu futuro ou talvez marcando o seu pai com os seus olhos frios.

Dizem que ele não sentiu pena, não tinha nenhuma expressão, mas eu acredito que Dan Woodhan olhava frio para o seu pai e não para a sua mãe. Ele obedecia à todas as suas ordens durante a infância, enquanto via o pai com prostitutas e sendo preso no outro dia por ser pego a vender drogas.

- Estás entregue! - Peters empurra os meus ombros na relva úmida.

Ouço seus passos se afastando e viro meu corpo de costas para o chão. Tiro a venda dos meus olhos e encaro uma brecha do céu rodeado de árvores a minha volta. Mais uma vez, eu não tinha dado boas notícias a Dan quanto ao passado, eu não tinha voltado naquele dia. Ele estava stressado quando eu ainda abria os meus olhos e tentava livrar-me da dor na minha cabeça, olhando-me com os seus olhos cemicerrados, controlando-se para não socar o quê vier em frente.


Enquanto Scott e Peters desamarravam as minhas mãos, pude notar a raiva que sobressaia dos seus olhos antes do mesmo sair pela porta sem muitas palavras. Eu meio que entendia o lado de Dan, ele espera à cinco anos que eu volte para o dia do acidente e tente impedí-lo, eu sei que não era só pelo que contia dentro daquelas cargas. Segundo Scott, o motorista era o seu pai.


As pessoas de Holmes Chapel não sabiam ao certo o quê significava o seu olhar naquela noite, mas eu podia pensar que era o mesmo olhar frio que ele me olhava à horas atrás. O olhar frio para mãe, o mesmo do acidente. Dan podia querer o que estava dentro do caminhão para tentar fazer-me impedir de acontecer o acidente, assim como também, podia querer algo com o seu pai.

Ele não ficou triste pela morte do seu admirador e nem contente por mandá-lo para o inferno, mas ficou sem expressão por uns segundos. As pessoas contam que os políciais tentaram segurar o adolescente zangado e raivoso pela morte do pai e não magoado pelo acontecido.

Depois de um tempo a olhar para o céu, eu levantei-me, tirando a terra que impregnou as minhas calças skin's. Puxei os meus cachos e comecei a caminhar.

Sentia o meu corpo exausto com o dia, mas os meus pés me levavam pelo caminho mais longo de Holmes Chapel. As lembranças e o momento com menos de vinte minutos que tive com a minha mãe, fez-me lembrar da grande árvore que havia ao lado do rio. Apesar de não ter tido sucesso, eu senti algo dentro de mim acordar com o simples abraço da minha mãe. Eu pude ver quanta saudade eu guardava de si e era nestes momentos que eu me sentia sortudo por ter o efeito, porque eu podia voltar as esses momentos.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora