Capítulo VIII | Scared

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[Desculpem qualquer erro ortográfico e a demora, podem ler a nota final? É realmente importante, obrigada ♥]

//A•SSUS•TA•DA//A•S•SUS•TAR// 1 Dar ou meter susto a; atemorizar 2 Amedrontar-se, apavorar-se.

C A P Í T U L O VIII

"A dúvida é o principio da sabedoria." Aristóteles

Em 23 de abril de 2010, no segundo ano do ensino médio, um novo garoto entrou para o meu colegio.

Steve Connor era o seu nome.

Steve era do tipo de um rapaz inocente e quieto. Bem, era o quê todos achavam. Em dois meses depois da sua chegada, o garoto de 17 anos quebrou o braço de um dos valentões que lhe mexeu e mergulhou cabeça abaixo no vazo sanitário um dos garotos da equipe de baseball. Steve passou a ser temido no colégio, mas ele mesmo não se importava com os olhares sobre si. Fumava as escondidas e traficava, coincidentemente, para Dan.

Eu costumava faltar bastante as aulas, o motivo era para ir fumar cigarros ou ir até o ferro velho com o Louis. Logo que regressei às aulas, não entendia o silêncio estranho e os olhares que temiam de algo ou alguém até perceber a presença do novato.

Não dei sequer alguma importância a isso, mas por uma aposta entre eu e o idiota do Louis, acabei por mexer com Connor. Na época, por um maço de cigarros, coloquei o pé na sua frente no corredor da escola e ele tombou. Houve alguns risos escondidos, enquanto Connor se levantava e fuzilava-me com o olhar. Eu dei de ombros e ele saiu do caminho. Nada demais aconteceu naquele dia e isso foi estranho ou talvez as pessoas só achassem que Steve brigasse com alguém se mexesse pra valer com ele. Então eu o insultei quando o mesmo estava prestes a entrar para a sua sala.

Enquanto Steve socava o meu rosto e eu lhe dava uma rasteira, me sentando em sua cintura e atirando-lhe com socos no rosto, a multidão do lado de fora da escola, gritava em diversão por nós. Não lembro do que lhe insutei exatamente, mas lembro-me do quão zangado ele ficou.

Os alunos do colégio, foram ficando cansados de toda a luta sem fim e aos poucos se iam embora, aborrecidos. No entanto, Steve já estava a virar sobre mim quando eu tentava chutar sua virilha. Por fim, estávamos os dois deitados de costas para o chão, recuperando as nossas respirações descontroladas e com os rostos cobertos de feridas e suor.

Não tinha um vencedor e, obviamente, não tinha um derrotado. Levantamos e trocamos olhares zangados até que parei de encará-lo, peguei minha mochila com Louis e cada um foi para o seu lado.

No outro dia, Steve Connor viu-me a fumar com Louis e aproximou-se. Sem recentimentos de uma briga inacabada, assim começou a nossa amizade e assim, também, eu soube que Dan era um parente distante de Steve.

Um primo distante de Dan.

Nós entramos para o seu mundo quando eu nem fazia idéia de quem era o seu parente misterioso que nos fornecia o alívio. Precisavam de parceiros e Steve nos apresentou. No começo percebi como Dan me olhava, observando cada movimento meu e logo depois me reconhecendo de algo. E foi aí que ele se lembrou do acidente antes mesmo do cicatrizes aparecer, achava eu.

O garoto que herdará do seu pai a desconhecida doença cerebral, era eu e ele soube no instante da minha presença que precisava de mim. Ao cobrar-me uma dívida, como William Grove ou qualquer outro que hoje eu cobro para si, fez-me dizer sobre mim, ou eu mesmo lhe disse... Os problemas e o Efeito e assim começaram o ciclo das suas experiências.

The Butterfly Effect | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora