Minutos depois, o celular apitou, era Dulce. Ela respirou fundo saindo da suíte, e logo as duas se encontraram. A missão não era uma das mais complicadas, mas estava longe de ser a mais fácil. Anahí e Dulce entraram no museu mais antigo de Amsterdã, olharam ao redor e já podiam ver os outros espalhados. Anahí viu Alfonso junto com Theo em um grupo de turistas, sendo conduzidos pelas obras de arte. Pedro e Paul estavam disfarçados de seguranças, enquanto outros se dividiam entre curiosos.
Ela e Dulce elegantemente caminhavam pelo museu, despistando qualquer pista que pudesse denunciá-los. Eles já tinham tudo em mente e estudado por dias. Pegariam a peça mais valiosa do museu, o carro já esperava na porta dos fundos, não havia chance para erros.
Dulce: Há uma câmera na entrada da sala onde está a peça. –avisou no microfone escondido nas roupas onde todos escutavam, Anahí ao seu lado a olhou assentindo- Mas já estou dando um jeito nisso. –comentou mexendo no celular- Desconectada. –avisou segundos depois, sorrindo-
Paul: As pessoas já estão saindo do corredor principal. –falou no fone de todos- Anahí e Dulce, podem entrar na sala daqui a cinco minutos, nenhum minuto a mais.
Alfonso: Corredor C está sendo liberado. –avisou com os lábios discretos-
Anahí e Dulce se aproximavam cada vez mais da sala onde estava seu objetivo. Anahí olhava impaciente para o relógio em seu pulso, esperando.
Anahí: Faltam dois minutos e a área já está liberada Paul. –falou debochada-
Paul: Eu disse cinco minutos Anahí. –repetiu e ela revirou os olhos frente a Dulce que sorriu-
Ela esperou, e quando faltou apenas um minuto para completar os cinco, ela avançou.
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Richard: EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊS FALHARAM. –gritou em frente a eles, todos já estavam juntos na sala de Richard, em um escritório ainda em Amsterdã-
Paul: Não tinha como dar errado, Anahí forçou o tempo. –respondeu andando de um lado para o outro dentro do escritório-
Alfonso: Onde ela está? –perguntou sentando-se encarando Dulce que apenas negou com a cabeça-
Dulce: Eu não sei, eu senti uma pancada na cabeça e apaguei. Quando acordei estava sendo carregada por Pedro, o alarme já tinha sido disparado. –falou inconformada segurando a cabeça que doía-
Richard: E sabe o que é mais engraçado nisso tudo? –falou irônico vendo todos lhe encararem- A peça não está mais lá. A levaram, e não foram vocês. –bufou extremamente irritado, os olhos quase soltando faíscas-
Alfonso: Richard, Anahí não voltou, devem ter a pegado. –falou nervoso na terceira tentativa de ligar para o celular dela. Ele se levantou e Richard suspirou-
Richard: Lauren, veja se Anahí está com a policia holandesa. –pediu, e Alfonso sentiu o coração disparar só de imaginar. A moça que estava ao lado de Richard assentiu, pegando o telefone- Espero que não tenhamos mais falhas, eu não admito falhas. –suspirou tentando se acalmar- Podem ir. –liberou, e todos saíram da sala, menos Alfonso-
Minutos depois Alfonso suspirou um pouco mais aliviado quando soube que Anahí não estava com a policia. Ele sabia que iam fazer ela falar, e tudo que ela não iria fazer, era obedecê-los. Ele já estava ficando aflito, o peito estava angustiado, quando horas depois, Richard recebeu um telefonema.
Richard: COMO É QUE É? –gritou ao telefone, fazendo Alfonso pular da cadeira nervoso. Ele avançou até Richard esperando, mas a ligação não terminava- Certo, me mantenha informado. –suspirou desligando o telefone minutos depois. Alfonso o encarou esperando- James estava na missão também, e ele está com a peça. –cuspiu passando a mão pelos cabelos, um charuto entre os dedos quase imperceptível- Esse desgraçado está com a peça. –grunhiu batendo na mesa com força. Lauren que ainda estava ao seu lado se assustou-
Alfonso: Como? Não havia ninguém dele lá. –falou, tentando entender- Nós teríamos visto.
Richard: O infiltrado disse que quem levou a peça até ele foi Anahí. –disparou, a voz carregada de raiva- Ela me traiu. –encostou-se na cadeira fechando os olhos de leve-
Alfonso estava completamente paralisado. Ele deixou escapar um riso de seus lábios esperando Richard dizer que era uma brincadeira, mas o mesmo não fez. Ele se levantou da cadeira, saindo do escritório. Pegou o celular discando o numero dela imediatamente, mais uma vez, mas como antes, só caixa postal.
O que se soube depois disso foi que Anahí realmente havia os traído. Ela agora trabalhava para James, máfia inimiga a Richard. Alfonso não conseguiu mais nenhum contado, tampouco tentou depois de meses sem conseguir alguma coisa. O baque foi grande, Alfonso sentia-se sem chão, sem rumo. Quando voltou ao hotel naquele mesmo dia, as malas dela não estavam mais, e sobre a mesa a aliança brilhava chamando sua atenção.
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Criminal Love.
FanfictionDiversos motivos levaram Anahí e Alfonso para o mundo do crime, porém, apenas um os levaram para o mesmo caminho. E não foi o amor. O amor é ar fresco, é paz, é calor, é felicidade. Amor é sorriso, suspiro, sonho. Amar é se sentir bem, é estar bem...