Capítulo 32

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Milão – Itália.

James: Não Anahí, eu não acredito que você deixou isso acontecer! –gritou, batendo com força sobre a mesa a sua frente-

Anahí: Mas aconteceu, o que quer que eu faça? –falou tranquila, em pé a sua frente-

James: Eu quero que você saia da minha frente antes que eu faça algo que possa me arrepender depois, porque infelizmente você ainda é muito valiosa. –respondeu duro, o rosto tremia de ira, as mãos se fecharam em punhos, loucas para esganá-la-

Anahí: Como quiser. –sorriu atrevida, saindo em seguida-

Anahí chegou a Itália mais exausta do que nunca antes. Ela seguiu até seu quarto, na enorme mansão de James, e se entregou a um banho. Quando saiu do banheiro, tinha visita.

- Que você é corajosa, isso eu não tenho dúvidas. Mas agora, continuar debaixo do mesmo teto que James, depois dele mandar você desaparecer, é algo surpreendente.

Anahí: Pelo amor de Deus, e quem disse que eu tenho medo de James, Maite? –falou sorrindo, secando os cabelos com uma toalha, indo até sua mala-

Maite estava deitada sobre a cama, muito confortável, observando os atos de Anahí. Ela, definitivamente foi uma das coisas boas que aconteceram com Anahí nos últimos anos. Quando passou a trabalhar para James, consequentemente ficou sem ninguém que pudesse conversar, rir, xingar e depois agir como se nada tivesse acontecido, como uma verdadeira amiga.

Maite: Então deu tudo errado? –perguntou apoiando a cabeça em uma das mãos, deitando-se de lado para olhá-la-

Anahí: Não exatamente. –respondeu vestindo uma camiseta branca comprida- Foi por pouco. –falou num suspiro-

Maite: Eu não via a hora disso acabar. James gritava todos os dias.

Anahí: E eu não sei? Era comigo que ele gritava ao telefone, todos os dias. –falou sorrindo de canto- Será que você poderia sair da minha cama? –perguntou se aproximando, e pegou um travesseiro-

Maite: Não, estou bem aqui. Obrigada. –falou, e recebeu o travesseiro arremessado ao seu rosto-

Anahí: O que faz aqui? –perguntou deitando sobre a cama, ao lado dela- Pensei que estivesse no Japão.

Maite: Nem me fale nesse nome. Não quero ver sushi na minha frente por uns dez anos. –falou, fazendo Anahí rir- As coisas acabaram por lá, e eu voltei.

Anahí: Algo muito valioso?

Maite: Pelo que entendi, James queria apenas informações. –falou e Anahí a observava calada- Você me parece... Triste. –comentou, a encarando-

Anahí: Apenas cansada. –respondeu pensativa-

Maite: Tem certeza? –insistiu, vendo Anahí voltar a falar minutos de silêncio depois-

Anahí: Eu nunca lhe contei, mas quando trabalhava para Richard, conheci uma pessoa... –começou, e pela primeira vez ela sentiu a necessidade de conversar sobre isso com alguém. Pela primeira vez, ela sentira a confiança que precisava, para se abrir- Alfonso, ele se chama. –disse num sorriso de canto. Ela permanecia deitada de lado, e Maite sentou-se a sua frente, ouvindo- Nós nos envolvemos, e ficamos juntos por um tempo como... –parou, pensando-

Maite: Namorados? –ajudou, e ela assentiu ainda se permanecendo em silêncio por um tempo-

Anahí: Sim... –voltou a falar- Como namorados. –disse num riso- Deus, namorados. Eu nunca havia tido um namorado. –comentou rindo de si mesma- Bom, o interessante é que, eu não me envolvi com nenhum outro homem quando estava com ele. Isso é namorar com alguém? –perguntou, confusa-

Maite: Depende. –respondeu num riso- Tem gente que não leva isso em consideração. –falou irônica. E Anahí a olhou confusa- É uma das coisas... –completou- Também é levado em consideração o sentimento por ambas as partes. Você o amava?

Anahí: Eu... –respondeu com a voz baixa- Não sei. Como posso saber se eu o amava?

Maite: Acredite. Isso não é algo que eu possa lhe responder, nem explicar... Você apenas, sabe. –respondeu, deixando uma Anahí ainda mais confusa- Vamos pular essa parte? –lhe interrompeu os pensamentos- Como você nunca me contou sobre isso, Anahí? Pensei que fossemos amigas! -falou, se fingindo indignada. Devolvendo o travesseiro arremessado. Anahí riu, era tão fácil rir ao lado de Maite- Enfim... O que aconteceu com seu Romeu, Julieta? –perguntou sorrindo-

Anahí: Eu o entreguei para a morte. –respondeu sorrindo sarcástica-

Maite: Você o que? –perguntou com os olhos arregalados-

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