Ainda naquela noite, Anahí mudou-se de hotel, andava desorientada de um canto para outro dentro da nova suíte. Tomou um longo banho, tentando lavar até a alma. Quando saiu, deitou-se sobre a cama e teve uma das piores noites de sua vida. Alfonso não deixou de lhe atormentar um só segundo ocupando sua mente, a voz dele a chamando parecia ecoar dentro do quarto do hotel, as mãos dele a tocando, e foi quase impossível pegar no sono. Aos poucos o cansaço dominou eu corpo e ela adormeceu.
No dia seguinte, continuava um caco, ela não se lembrava de se sentir assim desde a morte dos pais. Estava uma manhã fria, mas mesmo assim ela resolveu ir até uma lanchonete próximo ao hotel e sentou-se a uma mesa exposta na calçada, ela temia ficar sozinha no quarto do hotel e a voz de Alfonso lhe atormentar outra vez, assim como fez o restante da madrugada inteira. Ela pediu um café expresso, não gostava de café, mas achava que só ele desceria por sua garganta naquela manhã. Ela tomou o primeiro gole, a bebida amarga, tão amarga quanto ela mesma, pensou.
Ela apertava a xícara nas mãos, sentindo o calor do café se apossar de sua pele, aproximou o nariz, sentindo o aroma, e o achou agradável. Estava distraída em seus pensamentos, quando o garçom se aproximou de sua mesa.
- Com licença senhorita... –pediu, colocando um copo de suco em sua mesa. Anahí olhou para o copo confusa, conhecia bem aquele cheiro, era framboesa-
Anahí: Desculpe, mas eu não pedi nenhum suco. –falou, encarando o rapaz-
- Oh, sim, não pediu. Um cavalheiro a mandou. –respondeu tímido, se retirando-
E olhando para o copo de suco a sua frente, ela tremeu. Ninguém a conhecia tanto para saber que tomava suco de framboesa todas as manhãs, exceto...
Ela olhou ao seu redor desesperada, o procurando. Se levantou da cadeira, olhando para trás, quando o viu. Lá estava Alfonso, tão longe que seus olhos quase não o enxergaram. Ele a olhava sério, com as mãos dentro do casaco. Eles ficaram se encarando por segundos, quando ele se virou de costas, partindo.
O olhar decepcionado e triste de Alfonso a atingiram como um soco no estômago. Ela jogou algumas notas sobre a mesa, e saiu apressada na direção onde ele partira. Andou por minutos, mas não o encontrou mais.
Voltou ao hotel já era tarde, havia o procurado por todas as ruas do Havaí, certo, não todas, mas ela andou muito atrás dele. Ela entrou em seu quarto com os pés em migalhas, o corpo tão exausto como se tivesse levado uma surra. Ela fechou a porta de sua suíte e quando a olhou, mal podia acreditar.
Estava tudo revirado, suas roupas, as gavetas, o closet, a cama... Tudo fora do lugar.
Ela correu até onde o chip estava, e riu irônica quando não o encontrou.
-
Las Vegas – 21h30min.
Richard: Eu quase não acreditei quando me avisaram que você havia chegado. –falou levantando-se de sua cadeira no escritório- Espero que não tenha vindo em vão. –completou-
Alfonso: Aqui está seu chip. –respondeu, jogando a maleta sobre a mesa. Ele tinha a expressão séria, mas estava orgulhoso por não ter voltado sem nada- Eu disse que o traria... Com licença. –pediu, dando uma ultima olhada para Richard, e rapidamente olhou para seu lado, vendo Lauren. Ela sorria tímida, e ele trocou um olhar com ela rapidamente, antes de sair apressado da sala-
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Criminal Love.
FanfictionDiversos motivos levaram Anahí e Alfonso para o mundo do crime, porém, apenas um os levaram para o mesmo caminho. E não foi o amor. O amor é ar fresco, é paz, é calor, é felicidade. Amor é sorriso, suspiro, sonho. Amar é se sentir bem, é estar bem...