Capítulo 33

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Anahí: Mas ele sobreviveu. –completou num riso, a cara de Maite era hilária-

Maite: O que você tem no peito no lugar de um coração? Uma pedra? –perguntou indignada- Por mais que os meus ex's namorados tenham me feito sofrer, nunca os colocaria em risco de vida. Esse Alfonso deve ter feito algo muito cruel a você, não é?

Anahí: Não. –respondeu pensativa- Ele nunca me fez nada de mal.... –completou num suspiro- Quando passei a trabalhar para James, nós ainda estávamos juntos, eu nem ao menos o avisei que faria essa "troca". –contou num riso fraco- Viemos nos encontrar agora, depois de anos. Desta vez, nos prenderam, eu me soltei, e o deixei lá. –explicou-

Maite: Oh, a coisa é mais séria do que eu podia imaginar. –falou a encarando- Ele amava você?

Anahí: Sim. Ele não cansava de dizer isso. Mas eu nunca correspondi.

Maite: Mas por quê você fez isso com ele?

Anahí: Eu não sei Maite, James me mandou matá-lo. Eu não tive tempo para pensar, os seguranças já haviam chegado. –falou se virando de costas na cama, passando um braço pela testa-

Maite: Bom, não adianta se lamentar agora. Ele está vivo, você poderá se desculpar algum dia, se realmente estiver arrependida. –consolou, se aproximando dela e lhe beijando a testa- Vou deixar você descansar. Buonasera. –desejou num sorriso, fazendo Anahí rir de seu sotaque italiano-

Anahí: Obrigada. Boa noite para você também.

Quando Maite se foi do quarto, Anahí se sentiu só, como nunca antes. Sozinha com seus pensamentos e sentimentos, tão novos e desconhecidos que nem ela mesma conseguia entender.

-

Dois meses depois, nada havia mudado para Anahí. James voltara a lhe entregar missões, e ela as cumpria com êxito. Porém, ela ainda sentia como se houvesse um poço enorme dentro do peito.

Ela estava em Sidney, na Austrália em mais uma missão. Estava sozinha, e era algo que se encaixava na categoria "fácil". Ela já havia conseguido o que queria e direcionado a James. Estava um dia bonito e Anahí resolveu sair pelas ruas de Sidney com seu vestido branco e suas inseparáveis botas. Estava um clima bom e que ela adorava, se sentaria a beira-mar e tomaria um drinque se não estivesse precisando fazer compras.

Ela estava no melhor bairro da cidade, já com as mãos cheias de sacolas das melhores marcas do mundo. Anahí havia feito uma parada em um restaurante, quando seus olhos varreram o lugar. E lá estava o destino os esbarrando outra vez.

Anahí já estava sentada a mesa quando viu Alfonso em outra mais distante. Seus olhos brilharam com a visão. Ele usava jeans e uma camisa polo preta, o óculos escuro no rosto e o cabelo penteado para trás.

Estava impecável.

E então ela sentiu uma súbita saudade ao vê-lo... E somente por pensar, seu corpo já se alertava por inteiro só em ter a visão que ela estava tendo. Ela se levantou, antes mesmo de fazer qualquer pedido. E quando estava se aproximando da mesa dele, percebeu que ele falava ao telefone... Sorrindo. E era tão belo.

Que droga Anahí, o que está acontecendo com você?

Antes que ela pudesse chegar até ele, ele se levantou, deixando algumas notas sobre a mesa. Ele guardava o telefone no bolso, quando seu olhar cruzou com o dela.

Ela viu, como se fosse em câmera lenta, o sorriso que estava nos lábios dele desaparecer assim que ele a viu. Ela sorria involuntariamente ainda o encarando, e quando decidiu dar mais um passo, ele fez o mesmo, e sem dizer qualquer palavra desviou o olhar do dela, passando ao seu lado e indo embora.

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