Capítulo 25

1.9K 134 17
                                        

Momentos depois, o homem já parecia animado, e Anahí se mantinha igual. Ele se aproximou dela, indo até seu ouvido, e Anahí sorriu com o convite. Damian se virou para pagar a conta e dispensar os seguranças, enquanto Anahí olhou Alfonso pela primeira vez, sentado em uma mesa no restaurante ao lado do bar, os observando apenas pela vidraça.

Ela subiu junto com ele, e Alfonso olhou o relógio em seu pulso. Após quinze minutos, ele foi até seu quarto, deixou o notebook e pegou o aparelho decifrador de senhas. Mais quinze minutos depois, ele já estava em frente a porta do quarto de Damian. Ele olhou ao redor e não havia mais nenhum segurança por ali, a porta estava apenas encostada, deixada por Anahí.

Ele adentrou aos poucos, e se corpo parou assim que ouviu os gemidos de Anahí misturados com os de Damian.

Ora Alfonso, você a conhece bem, é Anahí.

Ele respirou fundo, seguindo em frente. Na sala apenas as roupas jogadas ao chão. Ele se aproximou do terno, pegando o controle de dentro do bolso interno. Usou o aparelho que havia levado e em alguns segundos já havia conseguido a combinação.

Ele guardou o controle de volta ao paletó e seguiu rumo a porta. Porém, havia uma brecha iluminando a sala escura e ela vinha da suíte. Alfonso respirou fundo derrotado, e involuntariamente, sem conseguir se controlar, girou a cabeça para olhar. Lá estava ela, sentada em cima do homem, os dois nus, Damian estava sentado no meio da cama, de costas para a porta, e ela sentada de frente para ele. Ela se mexia, subindo e descendo em seu colo soltando alguns gemidos... Damian tinha o rosto afundado no pescoço dela, a mordendo. Os olhos dela foram até a porta e se encontraram com os esverdeados de Alfonso. Ele a olhava totalmente sério, e ela sorriu, descarada, gemendo, o encarando.

Ela não deixou de encará-lo por nenhum segundo até, ele cansado, sair dali. Em vinte e oito anos de existência, nenhuma cena havia destruído tanto Alfonso, quanto aquela.

Ele seguiu até sua suíte em silêncio. Passou as mãos pelos cabelos, os puxando, queria sentir qualquer outra dor, que não fosse aquela. Era a pior maldição de todas, ter se apaixonado por aquela mulher.

Ele se serviu de algumas doses de uísque, e minutos depois foi para a cama. A garrafa continuava em sua mão, o sorriso de Anahí o encarando ao transar com outro homem não saía de sua mente.

Por que, Deus? Por que?

-

No dia seguinte, Alfonso amanheceu com uma enorme dor cabeça. Olhou o celular e ainda era cedo, lembrou-se de Richard e que milagrosamente parou de pressioná-lo. Na ultima vez que se falaram, ele apenas disse: "Estou esperando seu prazo terminar". Talvez esteja realmente cumprido com o que dissera. Mas ao contrario do que Richard espera, ele conseguirá dessa vez.

Ele estava saindo do banho quando ouviu batidas na porta. Era seu café da manhã. Ele foi até a porta apenas com a toalha enrolada em sua cintura, no peito ainda havia algumas gotas de água do banho, e com as mãos secava os cabelos com uma toalha menor.

Quando ele abriu a porta, havia um carrinho de comida em sua frente, mas quem o empurrava não era um funcionários. 

Alfonso suspirou.

Anahí: Você não pediu suco de framboesa? –questionou se fingindo triste, empurrando o carrinho e entrando no quarto-

Criminal Love.Onde histórias criam vida. Descubra agora