Capítulo 65

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Quando Maite chegou no lugar, pôde ouvir a voz de James dando algumas ordens aos seus homens. Ela tentou entender alguma coisa, mas foi impossível. Ela olhava o celular agoniada, rezando para que Alfonso a encontre logo. Ela olhava nervosa para o longo corredor, quando James apareceu, saindo de uma das portas vindo em sua direção.

James: Já era tempo de você chegar. –falou aborrecido-

Maite: Desculpe, o voo atrasou.

James: Vamos logo. –disse apressado- Que eu tenho um cadáver para enterrar quando voltarmos. –despejou, e saiu a frente dela, para que ela o seguisse-

Maite sentiu o corpo gelar com a afirmação de James. Será que já era tarde demais?

Não! Por favor Deus, não!

Ela o seguiu e eles entraram em um carro com mais dois homens, saindo dali. Ela esperava que Alfonso a essa altura já tivesse sua localização e que por algum milagre de Deus, ele encontrasse Anahí com vida.

Alfonso seguia apressado com o carro alugado pelas ruas do Rio. Ele tinha a sua frente o endereço que o rastreador lhe mostrara. Ele estava sozinho e com um coração aflito, com medo, não podia perder a única mulher que amou na vida.

Ele estacionou o carro longe, e seguiu até o local indicado. Ele estava bem armado, mas ainda sim desgraçadamente em desvantagem. Ele teria que agir sozinho e ser mais do que nunca cautelo.

Haviam alguns homens na entrada do local, ele olhou as portas, e todas estavam sendo vigiadas. Ele teria que esperar uma distração e então entrar. Mas... quanto tempo isso levaria? Quanto tempo demoraria até que ele estivesse com seu amor nos braços? E se esse mesmo tempo, fosse crucial? Se esse mesmo tempo, fosse o que restasse para Anahí? Não, ele não suportaria.

E então, ele não esperou. 

(Apertem o play acima )
Eu sei que você não me quer mais, pelo olhar em seu rosto...

Alfonso mirou, e o gatilho disparou. Ele fez isso uma, duas, três vezes. E os três guardas estavam caídos ao chão, todos com uma bala atravessada em suas cabeças.

Dizem que quando chove transborda, você pode dizer por meu rosto...

Ele sabia que o barulho dos tiros alarmariam todos, e agora ele tinha que ser rápido. E assim foi. Ele correu, entrando dentro do local e seguindo por onde seus instintos mandavam. Haviam mais homens lá dentro, e em todos ele acertou uma bala de seu revolver. Nunca em sua vida, agradecera tanto por ser tão bom de mira. Nunca havia usado isso para seu próprio bem, como naquele momento. 

Ah, e eu sei... E você sabe que já passamos por essa situação.
Eu acho que sei como isso deve terminar.

Alfonso achou um corredor enorme, e com a arma a sua frente, ele entrou em todas as portas, matando todos que apareciam a sua frente.

Temos um público nos chamando de loucos.

Na penúltima porta, foi como ver a própria morte.

[...] Todo mundo vem com cicatrizes... Mas você pode amar até que elas desapareçam.
Eu te disse que eu não era perfeita... Você me disse o mesmo.

Anahí estava caída sobre o chão gelado. Os braços e as pernas amarrados como se ela fosse um animal pronto para o abate. O rosto tão belo estava coberto de poeira e sangue. A roupa estava igual, molhada, suja. E ao lado dela, uma possa de sangue. Ele ficou paralisado por alguns breves segundos. O medo aumentava a cada fração deles em que ele a via daquele jeito.

Eu acho que é por isso que devemos estar juntos. Juntos e sem vergonha.
Eu te disse que eu não era perfeita... De jeito nenhum.

Ele se aproximou, rezando para que não fosse tarde demais. Ele pegou o pulso dela e suspirou. A pulsação estava fraca, mas foi como achar água no deserto.

Anahí estava viva. Ele não sabia por quanto tempo. Mas ela estava viva, e isso era o suficiente para manter seu coração batendo também. 

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Helloooooooooooooo

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