Richard: Como assim você matou Paul? -ele se levantou num rompante de sua cadeira, assustado com a confissão. Lauren ao seu lado tampava a boca com as mãos, os olhos arregalados. E Anahí riu-
Anahí: Está mortinho da silva, lá no quarto de hospedes. -continuou despreocupada-
Richard: E eu posso saber o que lhe levou a fazer isso? -perguntou agora sério, voltando a se sentar e massageando as têmporas-
Anahí: Digamos que ele teve o que mereceu...
Richard: Anahí eu não estou brincando! -a interrompeu- Você matou um dos meus homens, um dos meus melhores homens!
Anahí: Foi ele quem armou para que a polícia pegasse Alfonso. -respondeu aumentando a voz no mesmo tom que ele- Ele me confessou isso. Você não acha que eu o deixaria vivo depois disso, não é?
Dito isto. Richard suspirou em sua poltrona. As coisas estavam muito difíceis ultimamente, e tudo só lhe dava dor de cabeça. Anahí se levantou, saindo a passos pesados, e ele virou-se para Lauren.
Richard: Cuide disso para mim, por favor. -pediu num suspiro- Mande alguém enterrar o corpo em algum lugar. -falou, e Lauren saiu com um aceno-
A essa altura do campeonato, nós já sabemos tudo que Anahí é capaz. Ela sentia a absurda falta de Alfonso todos os minutos, e cada dia era mais forte. A morte de Paul era apenas o começo. Ela não viveria sem Alfonso, não naquela vida.
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Desde o dia em que Alfonso havia sido transferido para o presidio. Era como viver num verdadeiro inferno. Ele ter que conviver com todas aquelas pessoas que lhe lembravam cruelmente seu falecido padrasto era um tormento. Todos os dias ele tinha vontade de matar um daqueles homens, que por motivos mais sórdidos, estavam ali.
Anahí estava impregnada em sua pele e em sua cabeça em todos os minutos. Apesar de tudo, do isolamento, do calor em excesso nas celas, e do frio cruel durante a noite, da comida intragável e das nojentas companhias, o que lhe fazia definhar a cada dia, era a falta que ela lhe fazia. Desde aquela maldita viagem em que fora pego, ele nem ao menos conseguiu uma ligação dela. A todo momento sentia falta do seu corpo, dos beijos, do perfume, e de todo o resto. A única preocupação, era saber se sairia vivo de tudo aquilo, de toda aquela saudade.
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Um mês depois, Anahí voltava ao escritório de Richard.
Anahí: E então Richard, você conseguiu o que eu pedi? -perguntou em pé a sua frente-
Richard: Aqui está, Anahí. -falou entregando-lhe um envelope grande de cor parda- Você tem certeza do que vai fazer?
Anahí: Sim, eu tenho. -respondeu convicta- E agradeço toda a ajuda que você está nos dando. Amanhã mesmo o faremos.
Richard assentiu, e ela se retirou dali carregando seu envelope. Quando saiu da sala, o conferiu e lá havia um passaporte e outros documentos de identificação. Era tudo o que ela precisava.
Ela foi até seu quarto, e lá apenas pegou sua mala para que logo saísse outra vez. No andar debaixo, Theo, Christopher, Pedro e Dulce a esperavam.
Anahí: Podemos ir. -falou assim que os viu já na porta da mansão-
Richard: O jatinho já está a postos. -avisou, aparecendo entre eles e todos saíram-
Anahí: Obrigada. -falou se virando de frente para Richard- Por tudo. -concluiu e logo se virou, tapando os olhos com os óculos escuros e saindo, seguindo os outros pelo jardim-
E o objetivo dois de dois começara.

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Criminal Love.
FanfictionDiversos motivos levaram Anahí e Alfonso para o mundo do crime, porém, apenas um os levaram para o mesmo caminho. E não foi o amor. O amor é ar fresco, é paz, é calor, é felicidade. Amor é sorriso, suspiro, sonho. Amar é se sentir bem, é estar bem...