Criminal Love.

capítulo 68

Dois dias depois, Anahí voltou às ruas junto com Alfonso. Era em Colorado, e tudo saiu em perfeita ordem. Richard ficou satisfeito com o rumo das coisas.

Maite avisou a Anahí que James estava quieto, e que aparentemente havia se esquecido dela devido a outros problemas que surgiram.

Apesar de tudo, Anahí não tinha medo. Chegaria o dia em que ela retribuiria a gentileza, e ela esperava paciente por isso.

Era manhã, e eles estavam no apartamento dele em Los Angeles após a missão do Colorado. Eles estavam nus sobre a cama, apenas o lençol jogado por cima deles. Alfonso estava com as costas encostada a cabeceira da cama, e Anahí deitada em seu peito. A respiração ainda estava ofegante devido ao ultimo orgasmo que tiveram.

Alfonso: Anahí... –a chamou, após um longo silêncio. Ela apenas soou um "hum" com a voz carregada de sono- Nós nunca nos prevenimos... –começou, e ela aguardou, curiosa- E nunca a vi tomar anticoncepcional. –confessou- Você não tem medo de engravidar?

Anahí: Eu não posso engravidar. –respondeu de imediato-

Alfonso: Não? –perguntou quieto. Ele nunca havia pensado em ter filhos. A vida que os dois levavam não lhes permitiam a tal coisa. Mas saber que ela nunca poderia gerar um fruto do amor que eles tinham um pelo outro o fez ficar pensativo-

Anahí: Quando eu era adolescente tinha várias crises de cólicas. –contou, a mão passando distraída pelo peito dele- Eu vivia nas ruas e um dia, desmaiei com uma crise. Quando acordei alguém havia me levado ao hospital, e descobri que tinha endometriose. Eu não cuidei... E depois de muito tempo, quando já trabalhava para Richard, comecei a ir frequentemente a médicos, e me disseram que como não cuidei, de alguma forma prejudicou meu útero, e só poderia engravidar com fertilização. –concluiu. A voz estava normal, Alfonso não notou qualquer tipo de emoção nela- E também, você sempre foi o único com quem eu nunca usei camisinha. 

Alfonso: Você não gostaria de ter filho, um dia? -perguntou, deixando a felicidade da ultima confissão de lado-

Anahí: Alfonso... –disse num riso- Eu nunca nem pensei que me apaixonaria um dia. Como poderia pensar em ter filhos? –falou, e ele sorriu beijando sua testa-

Alfonso: Um dia poderíamos pensar a respeito. –propôs-

Anahí: É, quem sabe um dia. Quando não tivermos mais ninguém nos caçando, querendo nos matar. –brincou, levantando a mão até o rosto dele, arrastando os dedos por sua barba recém crescida-

Minutos depois, o sono os dominou e eles dormiram tranquilos. O assunto assim como veio, se foi. E estava encerrado.

Meses depois, Anahí estava na mansão. Acabaram de chegar de uma missão no Reino Unido e Alfonso estava no escritório com Richard. Anahí estava na sala, jogada sobre o sofá.

Paul: Olha só quem está por aqui. –falou entrando no cômodo-

Anahí: Como vai Paul? –falou irônica, sem se mover-

Paul: Poderia estar melhor. –respondeu, se aproximando. Os olhos passeando pelo corpo dela atirado no sofá. Anahí apenas riu, ela tinha um dos antebraços sobre os olhos fechados- Você não quer subir? –convidou, e suas mãos pegaram um dos pés dela que estava descalço. Ele começou a massageá-los e ela não contestou, estava cansada-

Anahí: Eu sou uma mulher comprometida, Paul. –respondeu, sem puxar o pé das mãos dele- Você não deveria me fazer esse tipo de convite.

Paul: Ainda com isso Anahí? –falou ultrajado- Vamos lá, prometo que ninguém saberá.

Anahí: Não que eu me importe, mas você sabe o quanto Alfonso é bom de mira, não sabe? –falou num sorriso- É melhor você tomar cuidado. –insistiu, ouvindo Paul rir-

Paul: Anahí, se eu tivesse medo de morrer, eu nem saía de casa.

Alfonso: Que bom saber disso. –falou parado na porta da sala. Anahí riu tirando o braço do rosto, o enxergando- Não gosto quando a vitima tem os olhos amedrontados. –falou cruzando os braços- Tire os dedos da minha mulher, agora! –mandou e Paul soltou o pé de Anahí, ainda com um sorriso provocador nos lábios-

Paul: Ela parecia estar gostando. –provocou, Alfonso estava a ponto de avançar sobre ele-

Anahí: Não seja ridículo, Paul. –se intrometeu, ainda no mesmo lugar-

Alfonso: Eu avisei, Paul. Não vou dizer de novo. –o encarou-

Paul: E eu já disse que não tenho medo de você. –respondeu irritado. Estava cansado de ser ameaçado-

Alfonso: Eu vou matar você. –disparou como um aviso-

Paul: E eu estou pagando pra ver. –respondeu, passando por Alfonso e saindo da sala-