Capítulo 9

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Era noite quando eles chegaram em Havana, todos estavam conectados, assim como em todas as missões. Eram cinco, incluindo Anahí e Alfonso, todos estavam no mesmo hotel, obviamente como desconhecidos, exceto, o casal. Que depois de muita insistência, Alfonso conseguiu convencê-la a ficarem na mesma suíte. Ela achou que seria arriscado, mas ele rebatia dizendo que despistaria melhor as informações. E então, eles estavam juntos, no mesmo quarto, como um casal de lua de mel.

Anahí: Você é louco. –falou rindo, entrando na suíte-

Alfonso: Não diga isso, minha esposa. –brincou, fazendo ela rir ainda mais, ambos lembrando da cara da recepcionista ao ver que eles eram casados, ela já olhava Alfonso com outros olhos-

Anahí: Bom, pelo menos terei uma noite de uma mulher casada. –falou se jogando sobre a cama, Alfonso deixava as malas em um canto-

Alfonso: Anahí, você tem alguma coisa com Paul? –perguntou, como quem não quer nada, e ela se levantou, ficando apoiada pelos antebraços, o olhando confusa-

Anahí: Não, por quê? –rebateu, o encarando. Ele estava parado, os braços cruzados na altura do peito-

Alfonso: Ele lhe olhou de forma... Estranha, quando estávamos no aeroporto. –respondeu, ainda do mesmo jeito. E ela sorriu de canto-

Anahí: Alfonso, você não é o único homem que esteve em minha cama. –falou tranquila, ele estava sério, a encarando- Acredite, a lista é grande. Eu não sou nenhuma moça de família, e não preciso mentir. –falava voltando a jogar suas costas sobre a cama novamente- E sim, já transei com Paul, se é isso que quer saber. Não só com ele, mas com muitos outros companheiros de missão. –ela falava como se estivesse contando uma história para uma criança- Não tenho nada com eles, assim como não tenho nada com você, querido.

Aquilo foi como um tapa na cara de Alfonso, como ela podia dizer aquilo depois de tudo que tiveram? Ele passou a mão no rosto, nervoso, não queria responder o que estava pensando naquele momento, não queria ofende-la. Então, ele foi até o pequeno bar que havia na suíte, e se serviu de uma dose de uísque. Anahí revirou os olhos, suspirando, mas permaneceu onde estava.

Após um banho, ela foi até ele, que estava sentado sobre um sofá na entrada do quarto com o segundo copo de uísque nas mãos.

Anahí: Alfonso, o que há? –perguntou baixo no ouvido dele, se inclinando sobre o sofá, em suas costas. Ele sentiu o arrepio pelo seu corpo, mas ignorou, se permanecendo calado, nem ele mesmo sabia o que estava acontecendo-

Ela não esperou ele responder, beijou o rosto dele, descendo pela sua nuca e pescoço. Alfonso se esticou, deixando o copo ao seu lado em uma mesinha, e a agarrou, lhe puxando para a sua frente.

Alfonso: Me desculpe, eu não sei o que aconteceu. –falou confuso, ela o encarou sorrindo-

Anahí: Não tem problema, eu ainda estou aqui a sua disposição. –respondeu sínica, e ele balançou a cabeça rindo-

Alfonso: Como você consegue ser tão descarada? –falou num riso, vendo ela avançar até ele, distribuindo beijos em seu pescoço outra vez-

O que aconteceu depois daqueles beijos, todos nós já sabemos. No final das contas, estavam os dois caídos sobre o chão, extasiados.

Mais tarde, eles desceram pelo hotel, tinham que conhecer o lugar e disfarçar o que realmente faziam ali. Eles jantaram em um restaurante um pouco afastado, os dois andando como casados, Alfonso se sentia orgulhoso por tê-la ao seu lado, mas ela não demonstrava qualquer tipo de sentimento.

No final do jantar, eles ficaram ainda no lugar no ritmo de muita salsa. Anahí balançava o corpo de uma forma quase sexual, ela não tirava os olhos dos de Alfonso, e ele sentia seu corpo queimar por dentro. Queria toma-la ali, naquele lugar, naquele segundo. E não foi diferente do que fez, quando chegaram ao quarto.

Na manhã seguinte, a missão começou. Anahí tinha o corpo, os olhos, e a mente completamente focados. Não muito diferente de Alfonso. Eles se afastaram por algumas horas, ambos em buscas de pistas, Anahí estava em uma rua sem movimentação, estava encostada em um carro, distraidamente olhando as unhas. Os homens apareceram se aproximaram de um carro que estava logo a sua frente, eram quatro homens, com ternos pretos impecáveis. Ela podia ver o revolver na cintura de cada um deles, e eles faziam a proteção de uma única maleta.

Anahí: Senhores, não poderiam me ajudar? –perguntou correndo afoita até eles- Meu pneu furou. –explicou, fazendo uma cara triste-

Os homens a olharam, era uma bela mulher. Ela usava um vestido florido, e suas tão adoráveis botas de cano longo. Os cabelos estavam soltos e com duas mexas presas, umas de cada lado, lhe dando um ar angelical. Eles analisaram a proposta, olhando ao seu redor.

- Não podemos senhorita, lamento. –falou um deles, ganhando todos os olhares em cima dele. Como ele recusava ajudar aquele anjo de mulher?-

Anahí: Por favor, não me deixem aqui sozinha. –pediu fingindo um desespero. O homem respirou fundo, entrando no carro, acenando para os outros irem também. Ela revirou os olhos, olhando eles entrarem no carro-

Ela rapidamente puxou debaixo do vestido dois revolveres que tinha, disparando nos pneus do carro.

Anahí: Não se deve recusar ajuda a uma dama, cavalheiros. –falou, vendo os homens saírem do carro, todos armados, indo para cima dela-

Ela se desviou de algumas balas, mas ganhou na luta. Ela chutou a cara e corpos de todos eles, atirando logo depois. No final, ela tinha a maleta nas mãos e um par de olhos esverdeados a assistindo.

Alfonso estava paralisado no mesmo lugar, como ela fez aquilo? Nem ele conseguiria ser tão ágil como ela tinha sido com aqueles homens. Ele já havia conseguido sua maleta e resolveu ajudá-la, quando chegou, ela já lutava contra os homens, e tampouco parecia precisar de sua ajuda. Quando acabou, ele se aproximou, batendo palmas, e ela o olhou confusa.

Anahí: O que faz aqui? -perguntou vendo ele se aproximar, carregando sua maleta-

Alfonso: Vim ajudá-la, mas vejo que não precisou. -sorriu, se aproximando dos lábios dela, os selando, e ela sorriu junto-

Logo depois, todos tinham uma maleta iguais a de Anahí, em cada uma delas havia um chip diferente, que só funcionavam juntos, como um quebra cabeça. Eles estavam em um quarto de um albergue escondido na periferia de Havana.

Anahí: Falta alguém? –perguntou depositando a maleta sobre a mesa-

Paul: Pedro ainda não chegou. –respondeu, e ela o encarou-

Anahí: Você apanhou desses seguranças de shopping, Paul? –perguntou irônica vendo um fio de sangue escorrer da testa dele, que bufou-

Alfonso: Parece que ele teve alguns problemas. –falou rindo, assim como os outros-

Minutos depois, Pedro chegou apressado, e então haviam cinco maletas no quarto. Richard apareceu logo depois, verificando se estava tudo correto e deu a missão por cumprida.

Richard: Amanhã, terão o pagamento em suas contas. –finalizou, saindo com seus homens de lá, levando as maletas-

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