Capítulo 38

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Alfonso trancou o maxilar imediatamente, não precisava virar o rosto para saber quem era que estava ao seu lado. O que aquela voz causava em seu corpo, era o dom de somente uma única pessoa.

Ele bebeu mais um gole de seu uísque, tentando ignorá-la. Ele sentiu ela respirar fundo, e permaneceu sem encará-la.

Anahí: Vai mesmo continuar com essa brincadeira de me ignorar, Alfonso?

Ele virou o rosto, a encarando. Os olhos azuis carregados de maquiagem fixos em cima dele. Os cabelos soltos em cachos, usava um vestido branco de seda, justo e decotado, de alças finas, realçando suas curvas demoníacas. 

Alfonso: Lamento informar, mas não é nenhuma brincadeira. –falou finalmente- Eu realmente quero ignorá-la.

Anahí: Ora, Alfonso... –perguntou erguendo uma sobrancelha- Você costumava fazer justamente o contrário. Me ignorar nunca foi seu forte. –provocou maliciosa-

Alfonso: Exatamente. –disse com um sorriso- Não era, mas agora é. –ele virou o rosto mais uma vez para olhar o salão-

Anahí: E isso é por que? –perguntou- Alguma vingança por eu ter te entregado aos leões? –disse num riso- Amor, por favor. Você já foi mais esperto, sabe que não me atinge assim.

Alfonso: Não me chame de amor! –disse num tom duro. Ele quase gritou, se não estivessem em uma festa, onde tinham que ser discretos- Eu não sou seu amor, e nunca mais serei. Aliás, eu nunca fui, não é mesmo? –corrigiu. Ele estava de frente para ela, a encarando, mas logo voltou a posição anterior, olhando o casais dançando- Eu não quero atingir você, a não ser que seja uma bala bem no meio da sua testa. –pausou para um gole- Muito menos me vingar. Eu só quero não poder olhar para você nunca mais na vida. –ele olhou para ela rapidamente, e saiu andando, se afastando dela-

Alfonso foi até ao banheiro masculino, e quando saiu procurou por Theo, que agora conversava sorridente com uma loira alta. Dulce e Christopher não estavam mais no salão, dançando. Ele os procurou, mas nada. Resolveu andar pelo salão, viu de longe o chefe da segurança, rodeado de gente. Uma mulher com o braço enlaçado com o seu, elegante assim como ele.

Ele o observava de longe, olhou as extremidades do salão, e não havia ninguém. Parecia que aquele era um alvo somente deles. Alfonso pensava distraído, quando sentiu uma mão em seu braço.

Anahí: Vamos lá, tem bastante gente olhando. Eu quero dançar! –falou, o puxando para o centro do salão-

Anahí não era mulher de desistir!

Alfonso: Com tantos homens aqui, tinha que ser justamente com quem você tentou matar há alguns meses? –perguntou irônico, derrotando, indo com ela. Ele não poderia destrata-la outra vez. Todos os homens daquele salão tinham os olhos sobre ela, se ele a dispensasse, achariam que ele era um louco, e não poderia chamar atenção para si. Seria só uma dança, só uma dança, ele repetia-

Anahí: Eu gosto de viver perigosamente. –disse num sorriso, passando os braços sobre os ombros dele, enlaçando seu pescoço e começando a se movimentar junto com ele. Alfonso respirou fundo deixando o rosto numa distancia segura do dela. As mãos pousadas em sua cintura-

Eles se moviam, no ritmo da suave musica que soava pelo salão. Anahí em nenhum momento tirou os olhos dele, enquanto Alfonso, em nenhum momento lhe devolveu o olhar.

Anahí: Você não sente falta? –perguntou, e ele a olhou pela primeira vez, com um olhar confuso- Do meu corpo. –completou-

Alfonso: Não. –respondeu de imediato, desviando o olhar do dela outra vez-

Anahí: Hum, -falou pausadamente- Não parece ser isso que seu corpo está querendo dizer. –ela pressionou ainda mais seu corpo no dele, os deixando colados. Ela podia sentir o membro dele encostar em seu ventre sobre o tecido da calça dele e a seda de seu vestido-

Anahí passou as mãos pelos cabelos dele, enquanto a outra descia devagar em suas costas, indo em direção ao seu tórax, que adentrou o terno, sentindo cada músculo em seus dedos, ainda sobre a camisa.

Alfonso permaneceu quieto.

Anahí: Ele está louco para que eu o toque... –sussurrou, esfregando-se nele discretamente, como se fizesse parte da dança. Ela sentiu ele apertar as mãos em sua cintura, enquanto o olhar dele continuava perdido pelo salão- Seu corpo está me chamando, amor. –ela falou com a voz melosa próximo ao ouvido dele. Ela virou o rosto, os lábios dele a chamando, ela se aproximou, querendo beijá-lo, sentir a língua dele devorar a sua, como sempre fazia, ela ansiava por aquilo-

Alfonso sentiu os lábios dela encostarem nos seus, e imediatamente tirou as mãos da cintura dela, segurando-a pelos pulsos antes mesmo de acontecer uma selagem maior entre seus lábios. Ela o olhou confusa, e ele a afastou de seu corpo.

Alfonso: Não pense que vai me ter outra vez, Anahí. –disse sério, olhando em seus olhos- Procure outro para usar como um brinquedo. De mim, não conseguirá nada mais que desprezo. –falou por fim, a soltando, e indo para longe dela-

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Oi amores, desculpem a demora ;x

Prometo que logo logo terá mais. 

Bjs, e me deixem seus comentários ;**

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