Capítulo 36

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Milão – Itália.

Maite: Já está arrumando as malas? –perguntou entrando no quarto de Anahí-

Anahí: Sim. –respondeu colocando alguns casacos na mala-

Maite: Não está levando roupas demais? –questionou olhando a mala-

Anahí: Nunca sabemos até quando pode durar a missão Mai, gosto de me prevenir.

Maite: Certo. –falou se jogando na cama- Any... –a chamou, segundos depois de silêncio, e Anahí a olhou- Está tudo bem?

Anahí: Sim. –respondeu com uma ameaça de sorriso- Quer dizer, não sei. –confessou pensativa, fechando a mala- Eu não sei Maite, não sei.

Maite: Você está assim desde quando voltou de Sidney. O que há?

Anahí: Eu encontrei Alfonso em Sidney. –contou, colocando a mala sobre o chão, e sentando-se sobre a cama-

Maite: Encontrou? E ai? Você conversou com ele? Se explicou? –perguntou empolgada-

Anahí: Não Mai, -disse triste- Eu não falei nada.

Maite: E por que não? –perguntou confusa-

Anahí: Porque ele passou por mim, como se não me conhecesse. Me ignorou. –ela estava deitada sobre a cama, de lado com a cabeça apoiada em um travesseiro. Sentia os olhos marejarem só por lembrar-

Maite: Oh Any, vai ver ele não viu você. –tentou, a encarando-

Anahí: É claro que ele me viu. –respondeu sorrindo irônica- E foi exatamente por isso que ele fez o que fez. –falou num suspiro- Eu não entendo Mai, não entendo porque me sinto assim. Eu tenho vontade de chorar todo o tempo, e você sabe há quanto tempo eu não chorava? –fala com o tom de voz alterado- Eu não chorava há mais de dez anos, dez anos Maite! Eu não sei mais o que fazer... Nem mesmo consigo me relacionar com alguém! –falou lembrando da frustrada tentativa que teve de ir pra cama com um dos homens de James, e ter parado antes mesmo de tirar completamente sua roupa. Ela sentia as mãos do rapaz frias demais, gelando todo seu corpo. O tesão foi embora imediatamente, e ela o dispensou. Isso se repetiu todas as outras vezes que ela tentou ir para a cama com alguém-

Maite: Any, isso não é nenhum bicho de sete cabeças. –falou sorrindo ao vê-la tão desesperada com os próprios sentimentos-

Anahí: Como não, Maite? –perguntou perplexa- O que é que está acontecendo comigo? –exasperou, deitando de costas sobre a cama-

Maite: Você está apaixonada. –disse simples-

Anahí: O que? –falou num riso- Você só pode estar brincando!

Maite: Claro que não! –falou ainda sorrindo- Você não conhece o amor, Any. Nunca havia sentido antes, e agora que está sentindo, não compreende.

Anahí: Cale essa maldita boca, Maite. –mandou com um sorriso surpreso nos lábios-

Maite: Está bem. Negue e será pior. –disse mexendo nos cabelos e se levantando- Vim para desejar boa viagem, creio que sairá amanhã cedo e não a verei. -falou indo até ela e lhe beijando a cabeça- Boa sorte, boa viagem, e traga chocolates suíços para mim. Não a perdoarei se esquecer meus chocolates! –ameaçou, fazendo Anahí rir-

Anahí: Obrigada por tudo Mai, você é uma grande amiga. –confessou vendo ela se afastar em direção a porta- Eu a adoro, aconteça o que acontecer, nunca se esqueça disso. –falou num sorriso-

Maite: Não fale assim, nada vai acontecer. –brigou de cara feia- Fique bem. –piscou lhe mandando um beijo-

Anahí: Você também. –disse baixo, vendo ela ir e se ver sozinha mais uma vez-

-

Dois dias se passaram desde o anuncio de Richard e todos embarcavam para a Suíça.

Lauren: Tome cuidado Poncho, por favor. –pediu, o chamando com seu sotaque espanhol. Alfonso riu-

Alfonso: Não se preocupe. Eu sempre volto, não é? –falou passando a mão no rosto dela- Fique tranquila. –pediu, e selou seus lábios junto aos dela-

Theo: Vamos logo! –os interrompeu, fazendo Lauren rir, soltando Alfonso-

Horas depois, todos já estavam na haviam partido.

Zurique - Suíça

Richard havia dado as instruções, e os mandou alguns dias antes para conhecer o local. A operação seria dois dias depois, e tudo era bem claro. Eles sairiam dali carregados de coisas muito valiosas e bilhões de dólares. Isso fez com que Richard disponibilizasse um jatinho a espera deles assim que tudo acabasse, não podiam ficar no país nenhum minuto sequer depois do roubo.

Parecia um plano simples, se não fosse o banco mais vigiado do mundo. 

  Essa sem dúvida, era a maior missão que Richard já operara.   

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